São várias as lendas em torno da origem de um dos pratos mais típicos do México, o mole. Diz uma das versões, relatada por Mort Rosemblum em Chocolate, que uma freira do século XVII derramou chocolate no molho e foi assim que inventou sem querer a receita. Feito com galinha ou peru, e sempre com chocolate, o mole, quando à mesa, tem sentidos para além da satisfação do paladar:
“Quem recebe um convite para uma fiesta pode saber se é uma reunião informal ou uma comemoração solene com uma pergunta muito simples: Hay mole? Isso é, vão servir mole? Um padre e um anel são necessários para consagrar um casamento no México, mas todo mundo sabe que nenhuma união é consumada até que as famílias sirvam mole para o mundo ao redor. Feito à maneira certa, o mole não é preparado às pressas dentro dos limites de uma cozinha, mas sim misturado durante dias, com amigos e famílias trabalhando para encharcar, socar, picar, torrar ou mexer delicadamente em cima de um fogareiro a carvão do lado de fora da casa.” Chocolate – uma saga agridoce preta e branca, de Mort Rosenblum; pág. 94
LITERATURA: PHILIPPE HALSMAN/ FONDAZIONE MAGNANI-ROCCA – DIVULGAÇÃO
Via: Revista Entrelivros.
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