Difícil resistir às 'coisas' do Fernando. Por isso, fui lá, e roubei. De novo.
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Difícil resistir às 'coisas' do Fernando. Por isso, fui lá, e roubei. De novo.
Posted at 18:04 in Feminino | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Morreu segunda-feira Charles D. Keeling, cientista norte-americano, reconhecido por mostrar um aumento na concentração de dióxido de carbono na atmosfera, levantando a questão do aquecimento global. Ele foi pioneiro na demonstração de que emissões cada vez maiores de gás carbônico poderiam mudar o clima do planeta. Em 1955 Keeling começou a coletar amostras de ar e a medir a concentração de gás carbônico nelas.
Fontes: Associated Press, The New York Times e Folha de SP, 24/6.
Foto: The New York Times
Posted at 16:20 in Meio ambiente | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
O resultado de uma pesquisa feita nos EUA evidencia que os pássaros alteram seu canto conforme o predador. Mais 'sílabas' no canto denotam ameaça maior ao animal. Na Folha de São Paulo, Ricardo Bonalume Neto escreve que eles não só avisam que há um predador por perto como também dão pistas sobre o tipo de ameaça - se o inimigo está parado ou em movimento, se é grande e pouco ágil, ou se é menor, mais ágil e por isso bem mais perigoso. Esse tipo de grito de alarme complexo era considerado coisa que apenas primatas - o homem e seus primos macacos - faziam.
Os cientistas chamam a atenção para um simples passarinho, o chapim-de-cabeça-negra (Poecile atricapillus), que tem um sofisticado sistema de alerta. O passarinho despertou a atenção do hoje aluno de doutorado Christopher Templeton ao reagir em um aviário à presença de predadores. Templeton e seu então orientador de mestrado na Universidade de Montana, Erick Greene, projetaram experimentos para verificar se os chapins teriam modos distintos de comunicação sobre tipos diferentes de predador. Chamados, em inglês, de 'chickadees' (uma onomatopéia do seu trinado, como o brasileiro 'bem-te-vi'). Os pesquisadores notaram que o canto do pássaro ficava mais longo de acordo com o maior perigo representado pelos predadores - algo como 'chick-a-dee-dee-dee etc'.
Se um predador particularmente perigoso, como uma coruja pequena, muito mais ágil que uma pesadona, se aproximasse, o chapim adicionaria até 23 'dees' (pronuncia-se 'dis') ao seu canto básico, segundo Templeton.
É mais uma amostra de que os embriões da linguagem estão presentes nos animais.
O estudo foi publicado na edição de de 24 de junho da revista científica americana 'Science'.
Vi na Folha de SP, de 24 de junho.
No site dos pesquisadores pode-se ouvir o som de trinados do chapim.
Citation:
Myers, P., R. Espinosa, C. S. Parr, T. Jones, G. S. Hammond, and T. A. Dewey. 2005. The Animal Diversity Web (online). Accessed June 29, 2005 at http://animaldiversity.org.
Sponsored in part by the Interagency Education Research Initiative, the Homeland Foundation and the University of Michigan Museum of Zoology. The ADW Team gratefully acknowledges their support!
©1995-2005, The Regents of the University of Michigan and its licensors. All rights reserved.
Ilustração: Poecile atricapillus (black-capped chickadee) , Michigan Science Art
Posted at 15:54 in Natureza | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Causa espanto entre os brasileiros o repulsivo costume dos cidadãos de alguns mundos de não tomarem banho. Pelo excesso de sol que temos nessas bandas tropicais já nascemos literalmente den'd'água. E só nos aliviamos quando tomamaos vários banho por dia. No nordeste, então, a coisa pega... Sol causticante, calor brabo, umidade elevadíssima, transpiração por todos os poros. Se não tomamos o abençoado banho, ai, ai... Já vi muitas vezes na vida, principalmente em cidades do interior, crianças embaladas na carreira em direção ao mar ou aos açudes, pelo prazer de um banho, de um mergulho providencial como esse, em águas cintiladas pela luz do sol. Que cena deliciosa, e que experiência inesquecível.
Lembro de que uma das queixas frequentes de uma amiga blogueira que morou na França era o intolerável odor que os franceses exalavam no metrô.
Agora, vejam só, durante uma campanha para "usuários responsáveis" de uma rádio local, o diretor do metrô de Londres pede "aos usuários que tomem um* banho para evitar odores desagradáveis dentro dos vagões durante os meses do verão europeu". E que "os passageiros tenham consideração com as pessoas que dividem o transporte diariamente, já que o metrô da cidade não possui um bom sistema de ar condicionado".
Tim O'Toole, o diretor, diz que só viaja pelo metrô e sempre toma o seu banho*.
* O grifo é meu, para destacar o singular.
Vi no Diário de Lisboa e aqui.
Posted at 15:15 in Comportamento | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
"Quando a água está suja, não basta lavar o copo, é preciso limpar a fonte"
D. Antônio Celso Queiroz, vice-presidente da CNBB, sobre os recentes casos de corrupção relatados em Brasília (Folha de SP, 24/6)
Posted at 18:37 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
"Chegou a hora da fogueira. É noite de São João. O céu fica todo estrelado, pintadinho de balão".
Junho é o mês das festas que comemoram Santo Antônio (13), São João (24) e São Pedro (29). Uma tradição trazida no século IV ao Brasil pelos jesuítas portugueses. Na verdade, as festas juninas, que antes se chamavam joaninas, já eram o centro das comemorações daquele mês.
Fomos nós que rebatizamos as festas de juninas. Os jesuítas faziam fogueiras e tochas, provocando grande atração sobre os indígenas. Os costumes também ficaram misturados com influência dos povos indígenas e negros. As mudanças estão no uso da mandioca, milho, jenipapo, leite de coco, forró, boi bumbá e o tambor de crioulo. Coincidiam também com os rituais indígenas relacionados à agricultura, desejando boa colheita. Da mistura das comemorações, as festas foram ganhando forma e incorporando o famoso jeitinho brasileiro.
O São João e o São Pedro são marcados no calendário de cada nordestino, pois, pelo menos, os feriados se mantêm. Em alguns locais nordestinos ninguém trabalha depois do meio dia. E no dia 24, considerado o dia santo de São João, também é feriado. Observem que os nordestinos migrantes sempre escolhem esta época do ano para suas férias, a fim de participarem dos festejos juninos em suas terras. Os ônibus, as rodoviárias lotam com a grande movimentação, o que atrai também muitos turistas curiosos por conhecer o efervescente São João nordestino de Caruaru, em Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba.
As festas juninas são muito ligadas à cultura e aos costumes das cidades do interior e das localidades rurais. Cidade e campo unem-se na alegria e nos costumes; a cidade vai ao campo e o campo vai para a cidade. Costumes que, ao longo do tempo, também se foram perdendo com a assimilação de outras festas e artefatos da vida moderna.
O progresso, o crescimento das cidades, a cultura urbanóide, metropolitana, eu diria, avançou sobre a nossa cultura provinciana, local, descaracterizando-a ou apagando o seu brilho, o melhor de sua essência. A cidade grande retirou a referência de comunidade. As comemorações migraram para as escolas e parques públicos. Muitos dos símbolos e rituais sobre os quais os festejos juninos se fundavam, são praticamente inexistentes, hoje. Somente no interior, as festas de rua ainda mobilizam as comunidades, preservando as danças, costumes, e comidas típicas regionais.
Mas, em algumas cidades essas festas costumam ser tão grandes quanto o carnaval carioca, atraindo milhares de pessoas; lembram até as festas de peão, no interior paulista, mobilizando toda a economia local. Nessas cidades, muitas tradições foram adaptadas. As roupas das quadrilhas, antes matutas e simples, estilizaram-se, ficaram mais amplas, brilhantes, com adereços maiores para se destacarem sob a luz dos holofotes. As quadrilhas vão ficando cada vez mais numerosas e com novas versões: a gaydrilha, só com homens, e a sapadrilha, só com mulheres.
Quem sempre morou em grandes cidades e nunca conviveu com os hábitos de uma cidadezinha do interior do Brasil, realmente, não tem muita noção do que estou falando, principalmente, das brincadeiras e do clima de festa de algumas décadas passadas. Quem nunca pensou em viajar para conhecer essas tradições, não tem idéia de como acontecem esses eventos.
Descaracterizadas ou não, ainda hoje, no nordeste, as festas juninas são ansiosamente esperadas e minuciosamente preparadas. É verdade que antigamente - não tão distante assim -, o entusiasmo começava no núcleo de todas as famílias do interior, pois a festa se fazia a partir da casa de cada um, e se propagava pelas ruas, praças, clubes, paróquias, fazendas, chácaras, pés-de-serra, arraiás que se enfeitavam com bandeirinhas coloridas. Preparava-se a lenha para a fogueira e, nela, eram assados milho, batatas. Em volta da fogueira se fazia um grande círculo de amizade, com muitas brincadeiras. Nos sítios, hoje ainda se monta um "arraial", com barracas de comidas típicas, brincadeiras, jogos, danças e muita diversão, quadrilhas, baião, forró, pessoas vestidas de matuto e casamento na roça. Há algum tempo, soltavam-se balões, mas, com os incêndios que provocavam, a prática foi proibida.
Aqui em casa comemoramos de maneira simples e ainda tradicional. Ontem, fizemos fogueira como todos os anos e soltamos, com muito cuidado, bastantes fogos de artifícios. Nossa casa está decorada de bandeirinhas e balões multicores. Ouvimos muitos cd’s de forrós.
Como podem observar nas fotos, apreciamos, eu e Elias, as comidas de milho, como pamonha, canjica (curau), bolo de milho, milho cozido e assado; pé de moleque, bolo de mandioca, queijo de coalho assado na brasa.
Não vamos aos forrós, que já dancei muito quando mais jovem. Não dançamos quadrilhas e evitamos os aglomerados. Somente nós dois lembramos das tradições. O Philippe, quando criança, dançou quadrilhas nas escolas, foi noivo em casamento matuto, mas hoje gosta apenas da fogueira e de soltar os fogos de artifício, não aprecia as comidas de milho e, como bom amante de rock, detesta forró.
Amaria passar um São João do tipo pé-de-serra, com fogueira, escutando um sonzinho de sanfona, triângulo e zabumba, e comendo guloseimas feitas na roça, como uma boa galinha de capoeira (caipira).
Soube que minha irmã Angela, que mora em Juazeiro do Norte (Ceará), passou, com a sua família e um grupo de amigos, o São João num sítio, onde acamparam junto a um açude, armaram um arraial, e dançaram forró a noite toda.
Fontes: Adital; São João em Campina Grande; Caruaru – o melhor São João do Brasil As fotos são minhas, do São João em minha casa, na noite de ontem.
Posted at 22:11 in Cultura popular | Permalink | Comments (7) | TrackBack (0)
Posted at 01:30 in Cultura popular | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
"Francamente, minha querida, não estou nem aí"
Clark Gable disse a frase mais famosa do cinema de todos os tempos em E o Vento Levou (1939).
O American Film Institute (AFI) elaborou uma lista com as melhores falas da história de Hollywood. A primeira posição foi a frase dita por Rhett Butler para Scarlett O'Hara (Vivian Leigh) em E o Vento Levou...: "Frankly, my dear, I don't give a damn" .
A lista foi escolhida por 1,5 mil cineastas, artistas, críticos e outros profissionais de Hollywood. Outras frases de E o Vento Levou... entraram na compilação: "After all, tomorrow is another day" ("De qualquer maneira, amanhã é um novo dia", na 31ª posição) e a clássica "As God is my witness, I'll never be hungry again" - "Com Deus como testemunha, eu nunca mais vou passar fome na vida", na 59ª posição), ambas ditas por Leigh.
O top 10 também incluiu: "Go ahead, make my day" ("Vá em frente, faça o meu dia"), de Clint Eastwood em Impacto Fulminante); "All right, Mr. DeMille, I'm ready for my close-up" ("Tudo certo, sr. DeMille, estou pronta para o meu close"), de Gloria Swanson em Crepúsculo dos Deuses; "May the Force be with you" ("Que a Força esteja com você"), de Harrison Ford em Guerra nas Estrelas; "Fasten your seatbelts, it's going to be a bumpy night" ("Apertem os cintos, porque vai ser uma noite cheia de solavancos"), de Bette Davis em A Malvada; e "You talking to me?" ("Está falando comigo?"), de Robert De Niro em Taxi Driver.
A lista foi anunciada ontem à noite em um programa especial de duas horas de duração na emissora de TV americana CBS.
Para você, qual é a frase mais famosa do cinema?
Para mim, a mais famosa é "Play it, Sam. Play 'As Time Goes By'", de Bergman, do filme Casablanca.
Fonte: AFI's 100 years 100 "Movie Quotes"
Foto: AllPosters.com
Frase: Gone with the wind
Posted at 15:02 in Cinema | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Leoni
Quando ela cai no sofá
So far away
Vinho à beça na cabeça
Eu que sei
Quando ela insiste em beijar
Seu travesseiro
Eu me viro do avesso
Eu vou dizer aquelas coisas
Mas na hora esqueço
Por que não eu?
Por que não eu?
Eu encomendo um jantar
Só pra nós dois
Se não tem nada depois
Por que não eu?
Você tá nessa rejeitada
Caçando paixão
Eu com a cara mais lavada
Digo: porque não
Posted at 22:55 in Música | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)