Em outros padrões de medida - a Dinamarca seria o lugar mais feliz do mundo. Seria a nova Shangri-La?...
Saiba mais sobre a Dinamarca e o que comem as pessoas que vivem no lugar mais feliz do mundo.
Imagem: Portalmundos
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Em outros padrões de medida - a Dinamarca seria o lugar mais feliz do mundo. Seria a nova Shangri-La?...
Saiba mais sobre a Dinamarca e o que comem as pessoas que vivem no lugar mais feliz do mundo.
Imagem: Portalmundos
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O que se deve pensar quando se chega à conclusão de que é preciso ensinar às crianças o que é felicidade e de como buscá-la? Quando esta não é mais uma possibilidade implícita nos nosso modo de viver mas uma busca fora do cotidiano.
O progresso técnico não cumpriu a promessa Iluminista de trazer a felicidade.
A era do iluminismo que modificou a relação do pensamento, informação, progresso e felicidade, quando pregava a valorização do homem e da razão pela publicidade das idéias para todos. Contudo, as utopias coletivas da felicidade pela informação foram trocadas por utopias individuais, configurando novos valores na sociedade. Os sonhos do indivíduo comum se dirigem, agora, ao sucesso e ao lucro e a uma procura competitiva da maior vantagem pessoal. Existe, hoje, um novo maquinismo humano em que somos obrigados a mostrar que, nossas máquinas giram mais depressa e melhor do que as outras dos companheiros ao lado, tudo em uma busca desenfreada da felicidade comprada pelo progresso técnico.
Foi notícia, recente, o fato de que o Arquipélago de Vanuatu - 83 ilhas no Pacífico, com 209 mil habitantes, na maioria pescadores e agricultores que vivem numa economia pouco além do nível da subsistência foi considerado pelo Happy Planet Index "o lugar mais feliz do planeta".
Nesse índice, o Brasil ficou em 65º lugar, atrás da Colômbia, da Argentina, do Chile e do Paraguai e Bangladesh.
Em um recém-lançado livro O Mito do Progresso, do professor Gilberto Dupas diz "o progresso parece ter perdido o rumo", o que estaria evidenciado pela exclusão social, pela concentração da renda e pela degradação ambiental que esse progresso produz, juntamente com os riscos da microbiologia, da engenharia genética, da robótica e da nanotecnologia.
Há todo um capítulo do livro dedicado ao "meio ambiente e ao futuro da humanidade", no qual afirma que "são inúmeras as evidências das relações entre padrão tecnológico, lógicas da produção humana e danos ao meio ambiente".
Talvez seja uma evidência, do paraíso perdido, quanto uma outra notícia que fala de que 2 mil alunos de escolas públicas britânicas, na faixa dos 11 anos, começarão a ter "aulas de felicidade numa tentativa de enfrentar comportamentos anti-sociais e depressão.
O que pensariam os Iluministas e sua racionalidade libertária , quando se chega à conclusão de que é preciso ensinar às crianças o que é felicidade, como buscá-la, ou onde encontrá-la. Não é mais uma real possibilidade da vida cotidiana ou da existência e seu obscurantismo, é algo contra a fé. A felicidade em Agostinho é uma condição da existência do ser em Deus : " eu tenho o dever de ser feliz, pois a ti devo meu ser capaz de Felicidade"
BRITAIN UK kids to get happiness courses - e
http://uk.news.yahoo.com/09072006/323/british-children-happiness-lessons.html
(Fonte: artigo de Washington Novaes em O Estado de SP de 28/7/2006, O Estado de São Paulo de 11/7/2006, JC e-mail da SBPC, 3068, de 28/7/2006, Confissões, de Santo Agostinho)
Via: Lista IASI e Ecognitiva.
Imagem: Vanuatu
Posted at 23:01 in Comportamento, CT&I, Cultura, Lugares, Meio ambiente, Natureza, Qualidade de vida, Tecnologia | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
O Ministério de Desenvolvimento de Recursos Humanos do governo da Índia - país que desponta no campo das modernas tecnologias da informação e comunicação -, recusou o projeto ONE Laptop Per Child (OLPC) por considerar que o computador pode mais atrapalhar do que ajudar na educação das crianças.
Um Laptop por Criança é uma entidade sem fins lucrativos dedicada à pesquisa dos laptops de $100, baseados em Linux, que ainda estão sendo porduzidos e, quando prontos e adquiridos, serão distribuídos diretamente nas escolas.
O Ministro qualificou o projeto como "pedagogicamente suspeito", e o Secretário de Educação ponderou que, dar computadores às crianças, poderia reprimir as suas habilitdades criativas e analíticas. Ele declarou ainda: "Precisamos mais urgentemente de salas de aula e professores do que de ferramentas geniais", sinalizando também que a Índia poderia melhor aplicar os recursos em programas de educação secundária.
O projeto, criado por Nicholas Negroponte, foi anunciado em Davos, em 2005. A Nigéria já aderiu ao projeto neste mês e outros países, como o Brasil, China, Argentina,Tailândia e o Egito, estão prontos para seguir o exemplo.
Segundo Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República (do grupo de trabalho que estuda a inserção do projeto no país), o programa não chegará ao Brasil este ano.
Imagens e ilustrações: Design Continuum
Via: Vnunet e Terra Tecnologia.
Posted at 04:25 in Comportamento, CT&I, Cultura, Globalização, Internet, Tecnologia | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Posted at 09:00 in Cotidiano, Família, Fotografia | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Hoje viro uma página importante do meu destino. Melhor dizendo, a vida vira-me uma página e me abre outra de memórias. Desaparece uma das referências emocionais mais importantes da minha infância e juventude, esteio da família, espinha dorsal do tronco familiar Gonzaga-Benício.
O meu querido avô Zuca partiu para uma nova morada, para se juntar a outras pessoas não menos queridas: o meu pai, minha avó materna e avós paternos, e tios.
Ele viveu 91 anos. Deixou um legado de lembranças impagáveis em nossos corações. Na condição de neta mais velha, tive a chance de desfrutar com ele dos melhores momentos de sua juventude e de minha infância de moleca.
Meu avô foi a estabilidade material da minha família, num tempo quando meu pai, jovem, ainda buscava um porto seguro. Foi também o patrocinador das minhas lembranças mais lúdicas de menina: ao levar-me nas férias para sua fazenda, dando-me abrigo, colo, carinho, o amor mais desinteressado, o alimento mais puro, cultivado com o suor do seu rosto, com as mãos calejadas, com o saber popular de homem de campo, mas adentrado na urbanidade.
Ele me deixa experiência de vida, cheiro de mato, paisagens de enchentes, sabor de queijo quente, chuvas de inverno, banhos de rio, cantigas de passarinho, fogueiras de são joão... Ele me deixa um passado. Afinal, quem poderia esquecer a imagem de um avô paternal igual a esse, montado a cavalo ao sol do amanhecer, trazendo bombons de mel-de-abelha em saquinhos de papel de embrulho, fazendo barba com uma navalha sutil, contando histórias de almas do outro mundo?... Quem pôde ter um avô, um avô assim, um avô com todos esses atributos? Quem?...
Sinto não participar do ritual melancólico de sua partida. Choro de mansinho, lágrimas de tristeza, de falta de sua presença que nunca mais será preenchida. Nunca mais.
Sinto um estranhamento de ver que ele leva uma parte de minha genética, enquanto deixa parte dele impressa em todos os seus herdeiros naturais modelados pela mesma genética, pelas lembranças e saudade insolúveis.
Vai, meu padrinho, vai em paz, cumpre o destino que lhe cumpre. Vai com Deus.
Posted at 22:01 in Cotidiano, Família, Saudade | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Biblioteca universal ao alcance do mouse
A digitalização de livros torna possível o sonho de reunir num banco de dados milhões de volumes, com acesso para qualquer um que esteja conectado
Por Kevin Kelly
Em vários escritórios desconhecidos em todo o mundo, milhares de trabalhadores estão usando scanners para inserir livros empoeirados em arquivos de alta tecnologia. Eles estão reunindo, página por página, a biblioteca universal. O sonho é antigo: reunir em um único lugar todo o conhecimento, passado e presente. Todos os livros, documentos e ferramentas conceituais, em todas as línguas. A esperança é bem conhecida, pois há muito tempo tivemos, por um breve período, tal biblioteca. A grande biblioteca de Alexandria, construída em torno de 300 a.C., pretendia conter todos os pergaminhos que circulavam no mundo conhecido. Em certo momento, dispôs de meio milhão de pergaminhos, algo em torno de 30% a 70% de todos os livros então conhecidos. Mas mesmo antes dessa biblioteca ser perdida, já havia passado o momento em que todo o conhecimento podia ser abrigado em um único edifício. Desde então, a constante expansão da informação ultrapassou nossa capacidade de reuni-la. Até agora. [...] Via: Entrelivros.
Posted at 23:37 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Escritores reconstituem seu tempo de criança em biografias voltadas ao público infantil
Por Gabriela Romeu
Inventada ou biografada, a infância é constantemente (re)descoberta por escritores, da literatura infantil ou não. Autores compõem, assim, um mosaico de imagens da infância - palavra cuja etimologia está associada à idéia de "ausência de fala" -, reconstituídas por quem já dela não mais faz parte.
No recente Brasil-menino (editora DCL), Fátima Miguez viaja por retratos de diferentes períodos da pintura brasileira, do período colonial aos dias de hoje. E aborda a efemeridade da infância: "Tudo é tão ligeiro, / como um papel que se rasga por inteiro / na presença de um menino arteiro / pintando e inventando o passageiro...".
O quadro Menino (1882), pintura a óleo de Almeida Júnior, é emblemático ao representar uma infância que, num esforço rasgado, mostra-se na tela. É assim também na literatura: o imaginário dos tempos da meninice emerge nas páginas como o personagem do pintor paulista do século XIX que é revisitado em versos pela escritora: "A infância é uma tela/ que, como uma janela,/ está sempre aberta/ em busca de nova descoberta".
Mas é geralmente em tom de saudosismo que a infância é biografada na literatura infantil. Mesmo que distante da imagem idílica criada (e imortalizada) nos versos do poeta Casimiro de Abreu (1839-1860): "Oh! Que saudades que tenho / da aurora da minha vida, / da minha infância querida / que os anos não trazem mais!". O poeta romântico rima uma infância sem conflitos, envolta em "um manto azulado", vivida "à sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais!". A editora Global tem uma edição do poema dirigida ao público infantil, Meus oito anos. Destaque para as ilustrações brincalhonas de Fê.
[...]
Posted at 23:29 in Arte, Comportamento, Cultura popular, Família, Leituras, Saudade | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Posted at 22:39 in C&T, Comportamento | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Clarinha e sua mãe, Karina, são minhas hóspedes por uns dias de férias. Meu filho, Pippe, convidou Karina para sair para a balada, e eu me dispus, prontamente:
- Karina, se você quiser sair, eu ficarei com Mª Clara.
A pequena, que adora passear, num ímpeto, pulou do meu colo, gritando atrás da mãe:
- Eu vou quiser!
Daí, a mãe tenta convencê-la que não dá para ela ir, que o lugar não é legal, tem sapos, etc.... Clarinha retorna pra mim, resolvida:
- Tia, eu num vou. No lugar que mamãe vai tem cululu*.
* Cururu é sapo, aqui no nordeste.
Posted at 21:37 in Cotidiano, Família, Humor | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
As rosas não falam (mas contam a história)
Por Véronique Dumas
Celebrada ao longo dos séculos, a rosa, símbolo dos apaixonados, também marcou presença em eventos históricos importantes e decisivos
Fósseis encontrados na América, na Europa e na Ásia provam que a rosa crescia em estado selvagem desde o período Paleolítico. Há uns 5 mil anos, os chineses começaram a cultivá-la e descobriram suas numerosas virtudes. Seu fruto, o cinórrodo, reputado por suas propriedades estimulantes, é guloseima muito procurada. Os poderes adstringentes de sua essência já eram conhecidos e apreciados pelas belas aristocratas. E ela se tornou um remédio indispensável na farmacopéia chinesa, como o testemunha uma das obras mais antigas sobre plantas medicinais até hoje encontradas, o Pen Tsao, de Shen Nung, datado de 2900 a.C. O próprio Confúcio possui vários tratados sobre as roseiras. Três mil anos antes da nossa era, os povos da Mesopotâmia, do Egito, da Pérsia e da Grécia também praticavam a cultura da rosa. [...]
Uma leitura imperdível. História Viva, Edição Nº 33 - julho de 2006.
Posted at 20:15 in Flores, História, Natureza, Poesia | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)