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Amanhã, dia 15 de outubro, blogueiros do mundo todo estarão discutindo um assunto importantíssimo.
2007 é considerado o ano internacional do planeta e, por extensão, o meio-ambiente é o tema que a comunidade blogueira propõe-se a discutir. Da forma mais livre, sobre quaisquer questões que afetem ou venham a afetar o meio ambiente.
Particularmente, penso que infinitas atitudes podem ser ecologicamente corretas para o nosso planeta, sabendo que outras infinitas, que nem me passam pela mente, podem ser assumidas e disseminadas voluntariamente por mim, por nós, por outrem. Embora saiba também que, por mais possibilidades que possamos vislumbrar, tenho a consciência de que não há condições perfeitas para a sustentabilidade. Conceber idéias, apoiar a criação e gerenciar instrumentos que acelerem e promovam a mudança cultural entre os mais céticos, apáticos, predadores, são algumas das formas de fazer a nossa parte.
Neste reduzido e humilde espaço, quero divulgar o trabalho que há sete anos a Ong Acácia Pingo d'Ouro vem desenvolvendo em João Pessoa, com iniciativas voltadas para a educação e a disseminação de boas práticas de gestão ambiental, mostrando como se pode criar oportunidades econômicas compatíveis com o desenvolvimento sustentável. Uma das maiores preocupações da Acácia é a poluição que as praias vêm sofrendo, e, por isso, tem participado anualmente da campanha de limpeza do nosso litoral.
Hoje, fui com a família à praia de Carapibus (que não é uma praia urbana). Não íamos desde janeiro. Ficamos chocados com a sujeira. O espanto é por conta do aumento da bagunça na praia. Surgiram novos bares, camelôs; aumentou, principalmente, o acesso das populações de baixa renda àquela praia (suponho, pela quantidade de ônibus) - aqui, com todo respeito, pois considero a praia um espaço democrático por natureza, e que deve continuar sendo. Mas, convenhamos, depois da iniciativa privada, essa é a população que mais precisa ser esclarecida sobre padrões éticos e de bom uso do espaço coletivo. E, aí, se reconhece a necessidade de uma educação ambiental.
Também os conceitos de produção e negócios precisam ser revistos. Empresários e trabalhadores precisam entender a importância da responsabilidade social, atribuição de valor aos recursos do ecossistema, no sentido de preservá-los, implementando programas de redução e uso eficiente da água e da energia, de redução de matérias primas e insumos de base natural, e dos resíduos lançados no meio ambiente.
A transição para um capitalismo sustentável demanda a elaboração de produtos e a prestação de serviços com custos totais integralizados, com eliminação de subsídios perversos, que incluam a taxação sobre atividades que produzem poluição e resíduos, e que incentivem à criação de empregos.
Disseminar informação, desenvolver competências, abrir janelas vastas para a educação ambiental e empreendedora, para a inclusão social, valorar os recursos naturais, dinamizando os espaços coletivos físicos e conceituais de criação e desenvolvimento já existentes, são compromissos que podemos exercer enquanto governo, iniciativa privada, cidadãos e sociedade civil, em favor do desenvolvimento sustentável. Compromissos pela vida do nosso planeta e dos nossos descendentes, que, no futuro, sofrerão as consequências dos nossos atos.
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Complementando:
O Canal Futura está divulgando no programa O Bom Jeitinho Brasileiro, a experiência de seu Francisco, uma pessoa bem simples, pedreiro, construtor e inventor (sim, ele patenteou sua experiência). Mora no Rio de Janeiro, num barraco, no alto do morro do Vidigal, onde faz experimentos a partir de garrafas Pet, bagaço de cana-de-açúcar e restos de sandálias de borracha. O sonho desse paraibano empreendedor me comoveu: ele deseja ver seu tijolo feito de garrafas ser aplicado na construção de escolas. Amanhã, terça e quarta-feira o Canal ainda exibirá o episódio de seu Francisco. Vale a pena conferir.
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