Foi preciso esperar oito anos pelo lançamento em DVD do melhor filme que vi nesses anos. Finalmente, Luna Papa foi lançado no Brasil, pela Lume Filmes. E já estou aqui com meu exemplar (não pirateado) para uma sessãozinha privé com os melhores amigos.
Mesmo sem ter a menor idéia de onde ficava o Tadjiquistão, nenhum outro filme me deixou uma impressão tão forte quanto Luna Papa, desde quando o vi, no ano de 2000, em Compiègne, na França.
Luna Papa é uma grande sacada, um filme mágico porque é um filme de arte que foge do padrão hermético dos famosos filmes de arte. É um filme surrealista que tem narrativa, tem um enredo linear que prende e surpreende o expectador, até o último momento. Luna Papa é para aqueles cinéfilos que valorizam os filmes produzidos fora da estrelada Hollywood, e não entram nos grandes circuitos comerciais.
Embora seja um filme asiático, não é a Ásia típica que nos mostra. Luna Papa descortina uma diversidade asiática singular com traços russos e islâmicos. Um mosaico multicultural remanescente do decadente império soviético, que Bakhtyar Khudojnazarov tão bem desenhou com apoio da Alemanha, do Japão, do Uzbekistão, da Austria, da Suissa, da França, e da Russia - nada mais intercultural.
Comments