Na casa branca da Barra – assim como na Casa Velha da Ponte (Cora Coralina) -, os cômodos tinham nome: quarto escuro, quarto da frente, quarto do caritó, quarto do oratório, sala de janta, sala dos potes , quarto das malas, armazém do arroz, armazém dos silos, quarto do atajé, quarto assombrado, quarto da desnatadeira...
As paredes de pau-a-pique e adobe contrastavam com os coloridos mosaicos hidráulicos, assim como as pujantes plantas em suas toscas e rústicas latinhas...Essas paredes, conservam indeléveis as lembranças de sorrisos juvenis e assistem impassíveis à sombria viagem da vida em direção ao seu crepúsculo, por intermináveis gerações.
[Fotos da casa da Barra:
a primeira, de Nitielle, com edição em sépia, por mim;
a
segunda foto, tirada em meados da década de sessenta, que mostra minhas
tias maternas Olívia, Carmelita e Genilda, com minha avó Otília, ao fundo, na
soleira da porta, saiu da minha câmera kodak, de saudosa memória.]
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