Chuvas esparsas ainda ocorrem nesta cidade, mas o sol forte, o calor, as praias apinhadas de gente, atestam que o verão, definitivamente, chegou.
Depois de duas semanas movimentadas no trabalho, cheias de imprevistos, e uma tensa expectativa de vagas em hotéis, justo na sexta-feira (da semana passada), recebemos a confirmação de vaga no Visual Praia Hotel, de Natal.
Quando começa o último quadrimestre do ano, os hotéis do nordeste começam a superlotar, fase que se estende até março do ano seguinte. Quem faz planos de viajar nos feriados ou pretende gozar as férias por aqui, deve cuidar de suas reservas com muita antecedência, sob o risco de não conseguir qualquer lugar ao sol, ou de, no máximo, escapar numa espeluncazinha, de onde não sentirá sequer o cheiro da maresia.
Sabemos disso e, no entanto, temos a mania de deixar tudo para última hora. Então, foi com alívio que na sexta à noite, depois de muita busca, pudemos pisar em solo potiguar. Temos uma preferência especial por Natal, para onde já viajamos diversas vezes. Desta feita, passamos, Elias, Pippe, Domênica e eu, três abençoados dias - dormindo, passeando pela cidade, comendo bem, visitando parentes e curtindo as mordomias do hotel .
O hotel, cujo nome sugere algo na categoria de uma pousada ("Visual", não parece nome de uma pousada de interior?), é um quatro estrelas bem justificadas, que nos surpreendeu em qualidade, limpeza, design, localização, atendimento e conforto.
A foto abaixo, obtida do site Mala Pronta, dá uma idéia da amplitude do hotel, ainda que não se distinga bem a praia. Melhores imagens panorâmicas podem ser vistas no site do próprio hotel.
O "Visual", fica rente, beijando as areias e águas mornas da Praia de Ponta Negra. É só atravessar a calçada. Amplo, possui, em cinco andares, 122 ap's, mais 14 suítes, 03 piscinas com cascatas, piscina infantil, restaurante panorâmico com vista para a praia, sauna, massagem, fitness, cyber café, salão de jogos, salão de beleza, garagem, etc.etc.
A comida é boa, honesta (segue o padrão PAS), com um buffet normal. [Aliás, nesse quesito, preferimos sempre conhecer ou revisitar os restaurantes locais que oferecem uma gastronomia variada e impecável, de dar água na boca, só de lembrar.]
Das restrições ao hotel, cabe mencionar apenas um - mas, grave - defeito do hotel: wifi ainda é paga, e cara - R$ 0,25 por minuto; enquanto a maioria dos hotéis, dos mais simples aos mais sofisticados, e, até mesmo, áreas públicas como shoppings e praças, já adotam wifi grátis. Nem por isso deixaria de voltar a me hospedar neste hotel. Altamente recomendado. Algo mais, pode ser conferido, em detalhes, no site do hotel.
As fotos abaixo mostram a calçada do hotel nas primeiras horas da manhã, que dá acesso à praia, quase vazia, sem as presenças de turistas, nativos e ambulantes. Na primeira, vê-se, ao fundo, o Morro do Careca.
O comércio informal já ocupa a maior parte até dos espaços naturais. Vimos de tudo o que já é comum ver em quase todas as praias brasileiras: vendas de cangas, roupas de banho, chapéus, bermudas, camisetas, redes, óculos, algodão doce, picolés, ostras, amendoim, castanha,coco, bebidas, etc. etc. Afora as barracas fixas e as intinerantes que fornecem de petiscos e bebidas a marmitas. O cidadão enfrenta uma disputa homérica com os ambulantes na ocupação dos ínfimos espaços de praia; é explorado, vítima de sua própria condição de turista, e ainda corre o risco de adquirir produtos falsificados ou ingerir alimentos de qualidade duvidosa. E depois tudo, sobram os resíduos, a sujeira, a desorganização num espaço que é coletivo, compartilhado por todos. Claro que nem tudo é mazela gerada só pelo comércio ambulante; nós, consumidores - a maioria - somos mesmo mal educados e deixamos rastros por onde passamos. É um importante desafio para os planejadores do turismo, dimensionar e propor formas adequadas de convivência e uso espaço urbano, numa relação custo-benefício sob medida para ambos os envolvidos na cadeia de consumo que vai do lazer até a última etapa da atividade produtiva: o lançamento das sobras, do lixo no espaço sagrado do nosso planeta.
Aqui, lances das piscinas do hotel com vista para a Praia de Ponta Negra:
Domênica, Philippe e Elias - papos de fim de almoço:
A seguir as nossas acomodações. Destaque para as nossas tralhas de praia - geladeiras, toalhas e bolsas de praieiros.
Domênica e Philippe, jantando no Tibério:
Algumas das iguarias que saboreamos no Tibério (comidas deliciosas, ambiente agradável, mas restaurante carésimo); em primeiro plano, o risoto alla pescatore,...
...o sirigado (que eu adoro!) ao molho de espinafre:
No domingo, finalzinho de tarde, almoçamos/jantamos no restaurante Falésias, uns pratos deliciosos à base de peixe e frutos do mar. Confesso que não lembro os nomes, mas não esquecerei nunca os seus aromas e sabores divinos.
O pirão de peixe servido no Falésias:
Banhistas fotografando na Praia de Cotovelo:
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