Aconteceu o que eu temia: gripei. Em plena viagem, numa data super-especial, por ser natal, e estar em Paris, não poderia acontecer. Mas, aconteceu. Não me encontro exatamente prostrada. Os sintomas começaram ontem. Corpo moído, respiração cansada, frio intenso e, de vez em quando, tosse. E tome neve, e sinta frio, muito frio.
Por precaução, e pensando em não perder preciosos passeios nesta cidade luz, nem prejudicar a viagem dos meus companheiros de jornada, resolvi ficar de molho, no hotel, debaixo das cobertas. Felizmente não tenho febre, nem dor de cabeça, e estamos mais ou menos prevenidos de medicamentos que aplacam o mal estar geral. Aproveitei para baixar as fotos da viagem no notebook; lavei, à mão e com sabão de coco, as nossas roupas íntimas; dormi muito e, agora à noite, já estou bem descansada, relaxada para prosseguir amanhã com nossos roteiros.
Consegui convencer Elias e Pippe a fazerem, sem mim, o passeio de hoje. Eles resistiram um pouco, por não quererem me deixar sozinha; também um pouco de insegurança, por causa do francês, que eles não falam. Eu também falo pouco, apenas consigo me comunicar razoavelmente [felizmente, sempre deu pro gasto].
De todo modo, como Philippe fala inglês, antes de saírem, conversamos sobre as formas mais polidas [“Bonjour, Madame” ou “Bonjour, Monsieur”] e indispensáveis de abordar os franceses em inglês. E funcionou. Afinal, eles repetiram o trajeto que temos feito entre o hotel, o metrô e as estações de destino. Já estavam também habituados ao mapa de Paris, assim como o do metrô, que são bem compreensíveis. Comunicar-se em lojas - principalmente nas grandes - e restaurantes, não foi complicado, pois nesse lugares, densos em turistas, sempre tem alguém que fala inglês. E, como já era de esperar, há sempre brasileiros em cada lugar, seja trabalhando ou viajando, como nós - o que facilta bastante a comunicação a quem não fala francês.
Ainda assim, perder-se em Paris, não é uma oportunidade agradabilíssima?... E é fácil falar "Nous sommes perdus".
O meu receio, em relação à saída deles, era de outra natureza. Era insegurança materna mesmo. Estamos experimentando temperaturas abaixo de zero. Para mim, o frio é quase insuportável. Na rua, ando um pouco e entro em lojas, para aquecer e respirar melhor. Já Philippe, gosta da sensação do frio, gosta da neve e do ar livre. Nordestinos são habituados a calor intenso, não são afeitos a temperaturas muito baixas. :D Ele é muito ousado e, por isso, temo que ele adoeça também. Imaginem que os dois, pai e filho,tiveram a coragem de fazer um tour aberto, usando "Les Cars Rouges", por mais de duas horas, naquele ônibus panorâmico. Elias manteve-se dentro do ônibus, mas o Philippe fez o percurso em cima, lá fora, desafiando o frio e a neve. Torço para que não aconteça a mesma coisa que ocorreu comigo, por muito menos.
Espero que, com esses cuidados, sobrevivamos ao inverno intenso e escapemos das nevascas, até o final da nossa viagem. O meu receio é que, em Edimburgo, o inverno é gelaaaado!!!! Isso aqui em Paris, é só um ensaio para o que vem pela frente. Mas, não vamos pensar nisso agora. Isso aqui tá bom demais! Paris é uma festa, é linda, linda, charmosa, romântica, cult, cool, "de toute façon".
A seguir, uma série de fotos que Philippe tirou no trajeto que fizeram.
Na Catedral de Notre Dame de Paris
Flagrantes de dois nordestinos tentando sobreviver à neve de Paris. :)
Fotografar no frio não é para fracos. O desafio é não tremer a mão e manter o prumo. :)
Detalhe da Catedral de Notre Dame.
Rosácea da Catedral de Notre Dame de Paris. As três rosáceas de Notre-Dame são consideradas as maiores obras-primas da cristandade.
A rosácea do braço norte do transepto tem 13 metros de diâmetro e um azul forte como cor dominante. A composição baseia-se no número 8 e suas multiplicações e simboliza o Universo, a Terra e os sete planetas. No centro surge a Mãe de Deus rodeada de medalhões com representação de personagens do Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos.
A rosácea do braço sul do transepto baseia-se do mesmo modo no número 12 e apresenta central a imagem de Cristo como o julgador do mundo. À sua volta, em medalhões, surgem apóstolos e anjos.
Detalhe da arquitetura da Opera de Paris ou Palais Garnier - Obra-prima da arquitetura de seu tempo. Construída em estilo neobarroco. Era comumente chamada apenas de Ópera de Paris, após a inauguração da Ópera da Bastilha, em 1989, passou a ser chamada Ópera Garnier.
Torre Eiffel.
Torre Eiffel, Trocadero, Palais de Chaillot. O Palais de Chaillot é um palácio de exposições localizado no 16º arrondissement, situado na Praça do Trocadéro e do onze de Novembro (Place du Trocadéro et du onze novembre), na colina de Chaillot.
Opera Garnier ou Palais Garnier - O prédio é ornamentado e ricamente decorado, com frisos de mármore multicolorido, colunas e muitas estátuas. O interior é também muito rico, com veludos, superfícies folheadas a ouro, querubins e ninfas. O candelabro central do salão principal pesa mais de seis toneladas, e uma segunda pintura do teto foi feita em 1964 por Marc Chagall.(Wikipedia)
“A walk about Paris will provide lessons in history, beauty, and in the point of Life.”
― Thomas Jefferson
Fotos by Pippe.
Mapas: AsapFrance
Comments