A Globo arrasa, quando quer. A homenagem a Gonzaga enternece, de tanta beleza. Um primor. É minha terra que eu vejo ali, meu terreiro autêntico, meu povo, meus dengos, meus cheiros, minha poesia matuta, minha infância, meu coração todinho sertanejo, beradeiro; as tardes na Barra ouvindos chocalhos, os acordes da sanfona de Gonzaga ecoando pelos grotões e feiras livres. Saudade da natureza, das alvoradas do sertão com cheiro de café, dos entardeceres à luz de lamparina. Saudade da simplicidade, de quando eu era feliz e não sabia. Ai, que saudade tirana da terra batida, da poeira, dos céus estrelados, dos tempos e das gentes que não voltam mais.
Posted by: Maria Aurea Santa Cruz | 07-11-2011 at 00:44