Acabamos de chegar - eu, Elias, Philippe e Kyara (namorada do meu filho) -do Rio de Janeiro, onde passamos o Natal e mais alguns dias.
Os nossos planos de viagem eram para Buenos Aires no Ano Novo. Mas, a indefinição da agenda de Philippe na universidade, sobre os dias letivos que antecediam o Natal, atrasou a nossa marcação de reserva e, quando cuidamos, os hotéis em BsAs estavam lotados. Voltamos nossos interesses para o Rio de Janeiro. Afinal, ainda que velha conhecida, a cidade maravilhosa nunca decepciona. Gosto da descontração e da alegria de viver dos seus habitantes e dos milhares de turistas, das paisagens, do burburinho urbano, dos cariocas de havaianas com seus cachorros em Copapacabana, do chopp, dos botecos.
Antes da viagem, fiz uma listinha prévia do melhor do Rio - na nossa opinião e de alguns críticos do turismo. A idéia era cumprir mesmo o roteiro ou, no mínimo, escolher entre as alternativas; mas, pasmem, praticamente, repetimos o roteiro do ano passado e descansamos mais.
A grande novidade foi o calor infernal, que chegou a 43°. Soube que em alguns bairros a temperatura chegou a 50°. O calor, sem sombra (!) de dúvida, nos deixou mais lentos e mais propensos aos chopps gelados.
Então...
Assim, na chegada, antes de fazer check in no hotel, e apesar do cansaço da viagem, fomos ao Corcovado para a Kyara conhecer. Não tínhamos noção do calor que estava fazendo. Sentimos, de cara, o calorão, o bafão. O tempo, ora fechado, ora com sol, mas quente, com um mormaço e uma névoa, como fumaça, pairando no ar. E eu, senti, mais do todos, óbvio, enorme cansaço para subir aquelas alturas. Mas, tudo bem. Compensaram as paisagens, a descontração, as fotos, as companhias, os momentos livres de preocupação.
Ampla visão do suvaco de Cristo.
Já na fila imensa, admirando a moldura que descortinava o Cristo, ao fundo.
Sinais visíveis da bruma, do mormaço.
A clássica foto com o Cristo, de quem vai pela primeira vez.
Enfim, de volta ao hotel, feito o check in, subo ao apartamento, dou uma espreitada no mundo pela janela. E vejo, então...
Copacabana, a cara do verão brasileiro. Ou seja, Rio 40º.
Vontade de tibungar den'desse mar poderoso...
O mais famoso e descolado calçadão do mundo, com todos os ingredientes para curtir o melhor da viagem: praia, sol, brisa, maresia, boteco, sombra, chopp, água de coco, bike, caminhada, esporte.
Fim de tarde. Difícil escolher a melhor hora em Copacabana.
E haja andarilhos pelo calçadão, que assomam por toda a rua.
Rua Xavier da Silveira, lateral do Hotel Rio Othon Palace.
Estas imagens são flagrantes do nosso primeiro dia no Rio, aliás, véspera de Natal. Manhã no Corcovado, tarde dormindo, e, depois, curtindo o calçadão, na maior folga, no Flor do Caribe, degustando um Kir Royale, à base de champanhe e cassis.
Quanto a nossa noite de Natal, jantar, etc e tal, já vínhamos especulando dias antes de chegar ao Rio. Consultamos as sugestões dos medianos e melhores restaurantes, tanto sobre ceia natalina, como jantar normal. E constatamos o mesmo fenômenos do ano passado. O Natal no Rio não é um evento tão celebrado como o reveillon. A maioria dos restaurantes fecha cedo. Somente os estrelados oferecem a ceia típica. Quanto mais estrelado o restaurante, mais cara a ceia, obviamente. Preços variando de R$600,00 a mais de R$ 1000,00 por pessoa. E o detalhe: todos já lotados. Até mesmo o hotel onde nos hospedamos já não tinha mais reservas.
Bem, não estávamos tão interessados assim em ceia natalina. Só queríamos um restaurante legal, onde pudéssemos jantar bem, e em paz, como deve ser numa noite de natal. Ligamos para La Trattoria, onde jantamos no ano ano passado com nossa amiga Lourença, mas lá também não havia mais reserva.
Daí, final do enredo, caímos no mesmo restaurante, o Príncipe de Mônaco, na Miguel Lemos, 18, em Copacabana, onde jantamos no Natal passado. Não é charmoso, glamuroso, nem é moderno. É conservador, estilo família, feínho, mas é "honesto", acolhedor. E a comida, o mais importante, é dos deuses, sendo especializado em frutos do mar. Comemos todos super bem. E o clima do Natal ficou por conta dos nossos corações, da alegria e harmonia do grupo. Além de nós - eu, Elias, Pippe, Kyara -, tivemos a agradável companhia de Paulo Vinícius, primo de Kyara.
Dia seguinte, saímos cedo para o centro da cidade. Pegamos a estação mais próxima do metrô, Estação Cantagalo, e descemos no Centro Antigo.
A primeira parada foi na Praça Marechal Floriano, conhecida como Cinelândia. Descrição sobre esta região pode ser encontrada no post Explorando e Centro Histórico do Rio.
Na Cinelândia há uma concentração de monumentos históricos importantes, com um admirável cenário urbano, dinâmico, bastante movimentado. Fazia um calor insuportável e eu não me sentia com muita disposição para fotografia e/ou ficar muitos minutos ao sol.
Visitamos, e nos extasiamos, no Museu Nacional de Belas Artes, com a exposição em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga, que estava um primor.
Observem bem a proporcionalidade entre Kyara e este quadro de Pedro Américo.
Na Biblioteca Nacional aguardei no hall, enquanto meus companheiros de viagem foram conhecer a biblioteca. Não estava me sentido disposta por causa do calor. Ademais, já estava sabendo da lamentável crise por que tem passado a Biblioteca Nacional.
Passamos pela frente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde apenas tiramos algumas fotos.
Almoçamos por ali mesmo, no restaurante Amarelinho da Cinelândia, o prato de nossa preferência, o autêntico filé, com arroz, farofa e fritas, com chopp e Coca Zero. No melhor estilo carioca.
Em seguida, rumamos a pé para a Confeitaria Colombo, um dos mais doces e ansiados locais por nós todos.
Arrematamos nosso dia com uma paisagem de cair o queixo. Falo assim, porque sempre fico extasiada com o cenário da orla visto a partir do Forte de Copacabana.
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Colombo Centro – Rua Gonçalves Dias, 32
Capacidade - 180 pessoas
Tel: (21) 2505.1500
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