A galera de hoje não tem noção da emoção que é de escrever e receber cartas de amor - num mundo sem internet e sem liberdade sexual.
A galera de hoje não tem noção da emoção que é de escrever e receber cartas de amor - num mundo sem internet e sem liberdade sexual.
Posted at 23:16 in Amigos, Comportamento, Cultura, Saudade | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Coisa linda!
Se eu fosse Gylmara, escreveria um livro só com as pérolas do filho esperto:
"Estou guardando a feira e conversando com Lucas e de repente ele diz:
- Mamãe, sabe aquelas minhas moedinhas? Eu ganhei porque vendi uns materiais da escola. Vendi uma régua e um lápis pintura!
- Por que vc fez isso Lucas?? Pra que você tá juntando dinheiro?
- Porque eu quero, mamãe. Pra vc pagar a casa que a gente tá construindo!!!!!"
Posted at 03:39 in Amigos, Fuleiragem, Humor | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Uma geração deixa muitas memórias, conta muitas histórias, experiências. Uma geração fala de muitos relacionamentos, amores, de músicas que a representaram. Uma geração nunca atravessa décadas, incólume. Toda geração tem seus áureos tempos.
A banda Uirapuru Zimbo, de Sousa, atravessou as décadas de sessenta, setenta, emocionando, lançando moda, contagiando a juventude sousense com sua música e sua alegria. Passados os tempos, uns partiram, foram escrever outros enredos existenciais. Outros ficaram, consolidando o sucesso de outrora. Estes, numa nova onda musical, reinventaram-se tocando música regional, e se auto denominaram Xique-Chique, para continuar encantando os seus seguidores.
Sábado à noite, sob forte chuva, os sousenses acolheram, no Campestre Clube, a banda Uirapuru Zimbo, em seus formatos novo e antigo (desde quando ainda se chamava Os Terríveis), para prestar um tributo àquele que foi seu idealizador: o artista Vandinho Dantas -, cuja homenagem transformou aquela em uma noite memorável, comovendo a todos ali presentes.
Num primeiro momento, tocou a banda Xique-Chique, com Aristeu, Deoberto, Deodato, Deusinho, Iran, Julimar e Wagner.
Perticipou desse show, também, Louisa Medcraft, neta de Julimar Dias, que surpreendeu a todos, cantando Imagine e Let it Be, dos Beatles.
Em seguida, na homenagem que se prestou a Vandinho, foi lançado o seu CD; e, numa performance marcante, ele cantou a música Django, canção símbolo do western italiano, na década de 70. Foi o ponto culminante de sua apresentação, com a atuação de outros jovens sousenses, reverenciando o homenageado. Ao mesmo tempo, foi rememorada a trajetória de Vandinho na cena musical de Sousa, uma figura carismática, irreverente, cheio de sex-appeal; e sua influência como músico, produtor, a abrir novas possibilidades sonoras e a ampliar os horizontes musicais das gerações seguintes – toda homenagem regada a lágrimas e a grandes emoções.
A banda Uirapuru entrou no terceiro momento déjà vu, em trilhas sonoras do passado, com Deusinho, Fátima, Julimar, Marcos e Telinha; salientando a sentida ausência de Tousinho, que esteve impossibilitado de comparecer ao evento. Telinha fez uma introdução emocionada da importância de Vandinho na criação dos grupos musicais e da sua influência em seus destinos como músicos, e das histórias e percursos do conjunto Uirapuru Zimbo.
Toda a noite foi pontuada por sucessos dos anos sessenta aos anos oitenta, uma época revolucionária na música, eternizada por grandes utopias, marcada pela psicodelia, jovem guarda, rock, discoteca, misticismo, musica romântica e MPB – passando por Guatanamera, Never marry a railroad man, Você abusou, Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, O milionário, Sem vergonheira, Do you wanna dance, Menina da ladeira, Sossega Leão, Que pena, Na tonga da mironga do kabuletê, La bamba, entre muitas outras músicas.
Foi uma noite de reprise do passado, inundada de chuva, e de velhos amigos que há muito não se reencontravam, para relembrar sucessos dos tempos áureos do Uirapuru, com suas letras literalmente cantadas pelo público. Foi um grande revival onde uma geração pôde comungar o velho espírito da jovem guarda, mostrando que ainda não está acabada!
Essa noite significou mais do que uma simples paixão por uma banda musical ou artista. Foi símbolo de um estado de espírito e de um jeito de ser sousense.
Posted at 10:43 in Amigos, Comportamento, Cultura, Música, Saudade, Sousa | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Tags: geração, música, sousa, uirapuru zimbo, vandinho dantas
Ah, meus tempos de estudante em Santa Cruz de Inharé. Tempos idos e bem vividos.
Saudades imensas dessa turminha da 4ª série ginasial, em 1971. Lembro de todos, de cada rosto.
Fila de trás: Maria de Jesus (não sei onde mora), Eugênio Andrade (Natal), Fátima Andrade [irmã de Eugênio(Natal)], Gorete Queiroga (João Pessoa), Ivaneide (?), Cléa Lopes (Brasília), Lúcia (de João Hélio) Oliveira (Santa Cruz), Goreti Pinheiro (Japi-RN), Socorrinho (Natal), Marlene Pinheiro (Campina Grande), Tereza Duarte (Natal), Teresinha Cury (Diretora do Colégio, in memorian).
Comissão de frente: Geralda Ramalho (Santa Cruz), Maria, Elena Lúcia Azevedo (Santa Cruz), Zevi (Santa Cruz), Graça Brito (Santa Cruz), Joana D'Arc (Lages Pintadas), Teresa Costa (Santa Cruz), Vânia, Avanir (Natal), Gilvanete (Natal), Fátima Fiuza (?).
Posted at 23:28 in Amigos, Santa Cruz-RN, Saudade | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Tags: estudantes, Santa Cruz
Vovó: Ya, me empresta uma moeda de 1 real?
Yasser: Não!
Vovó: Amanhã eu te devolvo.
Yasser: Não, o real é meu e eu tenho que cuidar dele.
Obs.: É a avó quem dá as moedas a ele!
Posted at 19:46 in Amigos, Humor | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Era finalzinho da década de cinquenta, para início de sessenta. Criança ainda, já reconhecia, intuitivamente, uma boa música. Comoviam-me as cantigas de roda, as músicas românticas, as dramáticas e, até, as de dor-de-cotovelo. As lembranças mais remotas que guardo das primeiras que aprendi a gostar, e a cantar, são daquelas que ouvia nas vozes de minhas tias e de suas amigas, e dos meus pais que também que eram bem cantantes.
Além destes, muito do aprendizado de ouvido musical veio também da eterna difusora de Sousa, e das ruas sonoras da “Cidade Sorriso”, onde nasci. Uma das ruas em que morei [situada atrás do antigo Cine Moderno], dentre as que mais marcaram a infância, há diversas fontes musicais da mais carinhosa lembrança.
As duas primeiras provem dos domínios de minha própria casa, onde meus pais costumavam cantar em momentos triviais ou especiais de nossas vidas. O meu pai adquiriu o hábito, desde quando estudou, na juventude, em seminário de padres. Ele entoava, em latim, cantos gregorianos e muitos cânticos de igreja, e dava aulas de canto na cidade. Era afinado, e apreciava muito o cancioneiro popular. Uma das mais queridas recordações que guardo dele, é cantando "Luar do Sertão" e “Uirapuru”. Muitos amigos, ainda hoje, o recordam também cantando "Índia".
Enquanto a minha mãe, cantava arrumando a casa, lavando roupa, cozinhando. Cantava a maior parte das cantigas de ninar que hoje conheço:
"neném, vá dormir
que tenho o que fazer
vou lavar, vou engomar
camisinhas pra você"
"a canoa virou
por deixá-la virar,
foi por causa de Lucinha
que não soube remar"
Lembro-a, balançando as redes de meus irmãos para fazê-los dormir, cantarolava também as músicas que ouvíamos na difusora de minha cidade, dos repertórios de Angela Maria, Dalva de Oliveira, Nelson Gonçalves
"lembro um olhar
lembro um lugar
teu vulto amado
lembro um sorriso
e o paraíso
que tive ao teu lado"
As músicas da velha guarda, eu as aprendi a cantar com minhas jovens tias Lourdes e Valdenora. Da convivência com elas, aprendi de cor as letras de Miltinho, Dolores Duran...
A segunda fonte, em importância, era o rádio de minha casa, e por meio dele, posso lembrar-me de ter conhecido "Tico-Tico no Fubá", "Moendo Café", “Suco, Suco”, “Wheels”, “Quando Setembro Vier”. Arre! Bons e longos tempos, os do rádio.
Saindo do contexto familiar, a minha vizinhança era igualmente musical, toda a rua, a cidade. O Colégio Auxiliadora, onde estudava, com seus dramas musicados dos dias das mães, dos pais, dos mestres, dos aniversários de Madre Aurélia. Os passeios/pic-nics feitos ao balneário de Coremas, eram musicais, pelo uso de toda sorte de instrumentos, sanfona, violão acústico/elétrico, maraca, saxofone.
Por tudo isto, o meu sonho de consumo mais secretamente acalentado até a adolescência só poderia estar relacionado à música. O maior desejo que tinha, naquela idade, era, certamente, ter um acordeon vermelho, igualzinho àquele, cujos acordes eu ouvia da casa de Seu Elísio (nosso vizinho), quando seus filhos, Deusinho e Fátima, ainda crianças, tocavam o tão cobiçado, deslumbrante e mágico instrumento. Da calçada, pela janela, eu os assistia, absorvendo avidamente as valsas, como “Waves of the Danube”, que tanto enfeitiçavam o meu coração pequenino.
Numa das casas mais adiante, vizinha à de Dr. Augusto, de vez quando, um grupo de jovens sentava na calçada para tocar... acordeon! E para cantar! Foi quando ouvi, num coro, a primeira vez,
"Hoje, eu quero a rosa mais
linda que
houver..."
Das calçadas da minha rua, à rua da Sanbra, eu brincava de roda com Lucinha de Seu Eliezer, e com outras tantas meninas. Foi a minha primeira turma. Desse tempo, guardo na memória todas as cantigas
"se essa rua
se essa rua
fosse minha..."
"a leiteira
a leiteira vende o leite
na cidade, na cidade de Lisboa".
E, cravada em meu coração, tenho a imagem de Lucinha, minha querida amiga de infância, que tão cedo partiu.
Seguindo o mesmo quarteirão, lembro que, aos pulos – só-andava-correndo -, ia à sorveteria “Flor de Lis”, comprar picolé. Lugar super frequentado, havia sempre muita, muita música tocando, tão alto que se espraiava por toda a cidade. Miltinho era uma das vozes mais ouvidas:
"você, botão de rosa
amanhã a flor mulher"
como também Nelson Gonçalves:
"Fica comigo esta noite
não te arrependerás
lá fora o frio é um açoite
calor aqui tu terás".
A essa lembrança, vem associadas às imagens dos passeios ao redor da “Flor de Lis”, dos brotos de braços entrelaçados, e de Absemar, infalivelmente sentada na calçada, acompanhando o burburinho da sorveteria.
Como negligenciar tão preciosas lembranças? Para mim, são como velhos postais sonoros, guardados com chave de ouro, que tocam de tempos em tempos, sempre que minha alma carece de retornar ao tempo perdido.
Fui uma criança de sensibilidade tão aguçada, de tanta expectativa e solidão interna, que, se não fosse a minha infância tão sonora, e não tivesse um coração tão aberto para música, não teria sido feliz, fosse eu quem fosse.
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P.S. A quem conhece a autoria da foto da Sanbra, que circula no Facebook, peço a gentileza de me informar.
Posted at 14:07 in Amigos, Casa, Família, Lugares, Música, Saudade, Sousa | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Posted at 11:03 in Amigos, Família, Fotografia, João Pessoa | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Posted at 15:00 in Amigos, Citações, Humor | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Depois de longo período submersa em profundo silêncio, eu emirjo com uma pérola contada por uma jovem amiga:
"Como é que pode uma pessoa ser desastrada assim como eu?? Fui a um velório e, chegando lá, fui me encostar numa porta e só ouvi a pancada: Quase derrubo a tampa do caixão! :( Que vergonha!".
Nunca fiz coisa igual, mas já me aconteceu muita coisa parecida... oh, sou a rainha em enfiar os pés pelas mãos. Não ouso nem contar os meus tropeços.
Posted at 15:14 in Amigos, Comportamento, Cotidiano, Humor | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)