Foto: Barbalha em Fotos.
Foto: Barbalha em Fotos.
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Sou tão apreciadora de fotos vintage, que não resisto às fotos antigas do acervo do meu amigo Renato Casimiro. Não me importo se a imagem atende aos requisitos tecnicamente corretos de fotografia. O que me interessa, quando gosto de uma foto, é o filme por trás da imagem, é o seu contexto, é o enredo, o que consigo enxergar com os meus olhos, com minha visão de mundo.
Examinem esta foto.
Que me perdoem os entendidos, mas acho linda demais esta foto. Pena que perde em nitidez, supostamente, pela ação do tempo. A atmosfera é bem interessante. As pessoas, fantasmogênicas, parecem emergir de uma espessa bruma, de um local indefinível, não-sei-de-onde. Em contraste, despontam duas garotas bem solares, maravilhosas, iluminando todo o cenário.
De autoria desconhecida, o ano do registro é 1946, e retrata o sepultamento do Beato José Lourenço Gomes da Silva. O cortejo sai da Capela de São Miguel para o Cemitério do Socorro, em Juazeiro do Norte, Ceará.
Posted at 14:09 in Cultura popular, Fotografia, Juazeiro do Norte, Lugares | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Posted at 19:36 in Cultura, Cultura popular, Diversidade, Feminino, História, Leituras, Publicações | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
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Posted at 00:26 in Cotidiano, Cultura popular, Saudade | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Foto: Portugal através do Mundo.
A dramaturgia televisiva nacional não é a mesma de décadas atrás. Faço uma ressalva apenas às abordagens social e tecnológica que são mais fortes e mais exploradas nas novelas atuais
Quem assistiu à "Rosa Rebelde" (1969), "Redenção" (1966-68), " A legião dos esquecidos" (1968), "Passo dos Ventos" (1968-69), "Nino, o Italianinho" (1969-70), "O Bem Amado" (1973), Irmãos Coragem" (1970), "O cafona"(1971), Beto Rockfeller" (1968-69), "Ossos do barão", "Pecado capital", "Roque Santeiro", sabe que não se fazem mais novelas tão boas como antes. Nem os remakes das clássicas conseguem sensibilizar mais do que as versões originais.
Essa reflexão vem no rastro da notícia de mortes do ator John Herbert e de Geórgia Gomide, atriz que atuou alguns meses na primeira adaptação para novela d"As Pupilas do Senhor Reitor" (1971) na TV Record, escrita por Lauro César Muniz, baseada no homônimo romance de Júlio Diniz. Infelizmente, aos poucos, vão-se os ícones dessa época de ouro.
Geórgia fez brilhantemente o papel de Clara, uma das duas pupilas (Clara e Margarida), personagens centrais na trama do romance português. Ela deixou a novela e foi substituída pala atriz Maria Estela que não chegou a alcançar o seu brilho. Geórgia imprimiu à personagem Clara uma presença forte e carismática, uma alegria marcante; era linda, e atraía para si toda simpatia do público.
Uma avalanche de lembranças irrompem ante à constatação de que novelas escritas - destacadamente - por Janete Clair e Dias Gomes, se valiam à pena assistir, porque, além de se tratarem realmente de obras literárias, a sua eficiente transposição para tv dava-se muito mais pelo genuíno talento de seus atores.
Comparadas às dos dias de hoje, as novelas faziam sucesso baseadas em textos de qualidade literária e na formação e dinamismo do seu elenco, não obstante as restrições e cortes que eram impostos pelo regime de ditadura e os parcos recursos tecnológicos disponíveis à época. A tv ainda vivia a era P&B, o elenco era sempre formado por 'atores' (não havia invasão de modelos aspirantes a atores), e o domínio de merchandise [ops, merchandising] se verificava apenas em leves intervalos comerciais. Por que será que a tv atual, mesmo já tendo superado essas vicissitudes, não consegue (com raras exceções) fazer coisa melhor, nem quando tentar reinterpretar os textos que outrora arrancaram tantos suspiros?
Lembro que a exibição das novelas paralisava os horários domésticos. Havia uma fidelidade generalizada à 'hora da novela' em todas as famílias. As discussões sobre seus suspenses, suas tramas, dominavam as rodas de conversas nas casas, nas ruas, no trabalho, nas escolas.
Lembro que, na década de sessenta, nem todas as residências no nordeste possuíam tv, mas já se registrava a existência do 'televizinho', uma modalidade de rede social que se estabeleceu em todos os recantos. Quem tinha tv não escapava do assédio dos 'sem tv', porque, simplesmente, as novelas eram irresistíveis!
Posted at 16:21 in Celebridades, Comportamento, Cotidiano, Cultura, Cultura popular, Família, Leituras | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Posted at 18:24 in Arte, Celebridades, Cultura, Cultura popular, Feminino, Música, Personalidades, Poesia, Vídeo | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
A biografia e a obra musical de Mercedes Sosa, agora, mais do que nunca, devem desfiar como símbolos e registros de muitas relembranças de luta, resistência, clandestinidade. Seu legado sonoro-social fluirá por longo, longo tempo ainda, animando as memórias excluídas, exiladas e anistiadas.
Gracias a la Vida (de Violeta Parra) é uma referência indelével de uma época na voz de Mercedes Sosa.
Tenho guardado, ainda hoje, como uma relíquia, o vinil Cantata Sudamericana - porquanto, agora deve virar peça rara de museu.
E olha que nas páginas da vida não tenho escrito uma simples linha de qualquer atividade política que seja, mas aprendi a reconhecer e respeitar quem escreveu com lágrimas e sangue a história da democracia na América Latina.
Up-to-date: Ao contrário do que se anunciou pela mídia - internet e rádio - Mercedes segue, com esperança da familia e de seus milhares de fãs, lutando pela vida, apesar de péssimos prognósticos. Peço desculpas aos leitores pelo vacilo e impulso de replicar uma twittada sobre uma informação não oficial que não procedia. Sorry...
Posted at 22:25 in Arte, Cultura, Cultura popular, História, Música, Personalidades | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Eu só sei cortar mato de enxada,
amansar burro brabo e fazer broca,
dar solfejos com flauta de taboca,
tirar leite rompendo a madrugada,
meu cardápio é queijo com coalhada,
rapadura batida com feijão,
já botei muita água de galão,
enchi pote com água de barreiro.
Sou poeta, matuto e violeiro,
só conto histórias de sertão.
Helio Crisanto.
Posted at 23:57 in Cultura popular, Poesia | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Há dois anos, passaram-me este questionário para que eu respondesse. Esse, me deu o que recordar. Revirei o baú das velhas memórias. Algumas, não tinham mais qualquer vestígio de lembrança. Mas, com essa listinha, algumas bem medievais foram resgatadas direto do túnel do tempo.Como tenho uma mania recorrente de revirar baús e relembrar o passado (ótimo exercício para combater o alzheimer, conservar os neurônios funcionando e manter acesa a chama da amizade e das boas lembranças), prontamente publiquei no feito em casa.
O interrogatório provocou-me muitos lampejos de saudade, tanto de coisas que realmente vivi, como de outras que só conheci pelos meus pais e tios, ou de ouvir falar.A foto vintage, surrupiei do Flickr minha amiga Solange C, que tem coleção bacanérrima.
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Vale a pena fazer o Teste de DNA com quem não tem
vergonha de sentir saudade. Aqui, não excluí as generalidades daquelas
domésticas, relacionadas com comidas, bebidas, remédios.
"Se você der risada na maioria das questões, é sinal que sabe muito bem do que estamos falando.
Responda com sinceridade.
Você já tomou Q-Suco?
R. E como
tomei. De morango, groselha, uva. Levava pro colégio, numa garrafinha
de plástico, da minha lancheira. E, no ginásio, quando organizávamos
festinhas, vendíamos Q-Suco e salgadinhos nas feiras livres para
arrecadar a grana que precisávamos para pagar o conjunto (que era a
banda), vigilantes, etc.
Você bebia Grapette?
R. Sim, lembro vagamente que era contemporânea da Crush.
Sua primeira bebida alcoólica foi Cuba Libre?
R.
Nunca fui de tomar bebida alcoólica. Pode parecer mentira, mas vim
provar cerveja e cuba libre aos 25 anos, quando já era quase demodé.
Já comeu goiabada cascão?
R.
E como! Ainda hoje. Não sou fã de carteirinha; meu marido come bastante
e, por conta de sua presença constante em minha prateleira, às vezes,
tiro umas lasquinhas.
Você tomou leite que vinha em garrafa de vidro com tampinha de alumínio?
R.
Tomava, e comprava, levando a garrafa ou um balde de plástico. Também
tomei muito leite ainda quentinho, espumoso, tirado da vaca na hora,
diretamente no curral. Meus avós vendiam leite e eu os ajudava a encher
as garrafas. Vi muitas crianças da roça tomando leite em mamadeiras
adaptadas de garrafinhas de guaraná, em cujo gargalo colocavam uma
borracha para sugar o leite.
Já tomou Cibalena?
R. Yes. E Cibasol também ;)
Tomou Biotônico Foutoura?
R. E também Emulsão Scott. arrrgghhh!
Você cuidou de suas espinhas adolescentes com pomada Minâncora?
R. E também com Acnase e Anti Sardina (essa é bem das antiiigas).
Sua mãe usava Violeta Genciana para cuidar de seus machucados?
R. Não, minha mãe sempre teve mania de Iodex e Vick Vaporub (ela ainda usa até nos machucados!).
Seu pai usava aparelho de Gillete com lâminas removíveis?
R.
Lembro de meu avô usando navalha e de meu pai fazendo a barba com
Gillete. Durante muito tempo, eu depilava as pernas com essas lâminas.
Fazia ponta de lápis.
Sua mãe usava Leite de Colônia?
R. Ela,
minhas tias e eu. Usávamos também Leite de Rosas e Creme C da Ponds.
Achávamos a fragância deliciosa. Hoje, não suporto. Não sei se o cheiro
mudou ou foi meu olfato degenerou.
Você jogava bilboquê?
R. Não vi muita graça nesse brinquedo. Nem sabia que tinha esse nome.
Usava tampinha de guaraná para fazer distintivo de polícia?
R. Usava as tampinhas para brincar de chibiu ou fazer pratinhos quando brincava de casinha.
Soltava bombinha de quinhentos,em época de festa junina?
R. Eu me amarrava, mas a quantidade que recebia era muito limitada. Ficava tão triste quando acabava...
Brincou de queimada?
R. Muito, muito, muito.
Você assistia a Perdidos no Espaço?
R.
Não gostava desse seriado. Já Viagem ao Fundo do Mar, Rin-Tin-Tin e os
faroestes, no cinema, eu nunca perdia. E os cinemas tinham cortinas!
Você usou Glostora?
R. Usei, e me faz lembrar os puxões de cabelo que minha mãe me dava, quando me fazia os rabos de cavalo. Usei também Eucalol.
Você sabia de cor a música de Bat Masterson?
R. De cor, não, mas a melodia (que, naquele tempo, chamávamos de introdução) é inesquecível.
Sabe quem foi Phantomas?
R. Não.
Quem foi Ted Boy Marino?
R. Lembro que ele praticava uma luta chamada telecatch, mas nunca curti isso não.
Você assistia ao Repórter Esso?
R. Lembro, mas à época não era muito ligada em telejornais.
Assistia ao Toppo Giggio?
R. Pois, sim. Ele virou mania nacional. Tinha um bordão, mas não consigo lembrar qual era.
Assistia Vila Sésamo?
R. No tempo do Vila, eu só queria saber de namorar.
Você sabe quem foi Jonhnny Weissmuller?
R. Quem foi?...
Assistiu ao Vigilante Rodoviário?
R. Nunca.
Sabe quem foi Odorico Paraguassu?
R. Esse, sim. Construiu um cemitério e queria, a qualquer custo, inaugurá-lo, mas ninguém morria. rs
Você se lembra o que era compacto simples e o que era um compacto duplo?
R. Odiava o campacto porque a música acabava logo. Meu negócio era longplay,
ou, simplesmente LP. Tinha muitas músicas e demorava a acabar. Dava
para dançar um tempão, sem parar. Huuum, que saudade da minha radiola
portátil...
Você já teve um Bamba?
R. Claro, e calça faroeste e US Top.
Se lembra do Vulcabrás 752?
R. Era parte do uniforme do colégio. Um horror, aquele sapato.
Você usava japona?
R. O que é japona? Sandália japonesa?
Quando estudava, os graus eram: primário, admissão,ginásio e científico?
R. E Clássico, normal e pedagógico.
Você chamava revista em quadrinhos de gibi?
R. Ainda chamo, ué.
Sua mãe tinha caderneta no armazém?
R.
Ainda tem. Ela mora no interior, onde se compra mais em mercadinhos,
mercantis ou bodegas. Mas, já foi seduzida pelos supermercados.
Já andou de Simca Chambord?
R. No Simca do pai de Vandelúcia, uma amiga de infância. Seu pai trocava de carro todo ano.
Conheceu o Aero Willys?
R. Conheci o do pai dessa amiga. Meu pai teve uma Rural Willys.
E o Kharman Guia?
R. Um carinha que me paquerava tinha um vermelho. Como eu não gostava do sujeito, detestava também o carro. rs
Já andou de Vemaguete?
R. Andei no carro da mãe de Clélia, uma amiga de adolescência. Eu achava o máximo ver uma mulher dirigir.
Já usou gasolina azul no seu carro?
R. Não. Lembro, assim, de ouvir falar...
Sua mãe usava cera Parquetina ?
R. E também a Cachopa, a Beija Flor. Como odiava encerar a casa!
Você se lembra do sabão em pó Rinso?
R. Era o Omo de hoje.
Da televisão com seletor de canais rotativo?
R. O da minha casa era Colorado, P&B.
Sua mãe usava bombinha de laquê de plástico?
R. Ela desfiava o cabelo e fazia penteados armados, graças a esse laquê.
Ela chegou a usar meia com risca atrás?
R. Me too.
E anágua?
R. Tive duas lindas. Adorava exibí-las! E as deixava um pouco à mostra, sob a barra da saia, dando aquele "lance".
Se você respondeu SIM, para, pelo menos, 30% das questões, está confirmado seu DNA.
'DNA: Data de Nascimento Avançada.'
Não jogue sujo !!!
Você deve ter respondido SIM, a, pelo menos, 99% das perguntas.
Então, você não tem problemas de DNA...
Você teve o privilégio de viver tempos maravilhosos..."
Posted at 22:43 in Comportamento, Cotidiano, Cultura, Cultura popular, Fuleiragem, Saudade | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)