Saudade do tempo quando Lady nos acordava com o aroma do café inundando a nossa casa.
Saudade do tempo quando Lady nos acordava com o aroma do café inundando a nossa casa.
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Nossa programação de hoje no Rio de Janeiro já estaria sob medida para uma véspera de natal com os passeios que fizemos aos melhores cartões postais da cidade, o Corcovado e o Pão de Açúcar. Mas, para o natal e, ainda melhor, para uma noite de natal, uma noite feliz em família, a nossa noite também foi coroada.
Lá para as duas da tarde, ao retornarmos dos passeios, estávamos famintos, cansados e encantados com a cidade do Rio de Janeiro. Foi muita ação (haja escadas e sobe-desce de van) e emoção e em muita intensidade. Porque o Rio continua sendo a 'cidade maravilhosa'. Então carecíamos, urgentemente, de um chopp estupidamente gelado e um suculento prato de... moqueca! P., infalivelmente e sempre, desejando a bebida dos seus sonhos, a sua Coca Zero.
Lembramos da dica de nossa amiga L.C., e fomos averiguar o restaurante que nos indicou: o famoso Caranguejo. Ela nos disse que a comida era de boa qualidade, quando lhe perguntei se seria uma boa escolha para ceia de natal. A princípio, pelo nome, me parecia um tanto regional demais para a ocasião. Por isso, resolvemos testá-lo no almoço, pois um chopp com frutos do mar combinaria com o calor imenso que fazia.
O Caranguejo, na comida, foi uma deliciosa e agradável surpresa. Especializado em frutos do mar, fomos servidos por garçons atenciosos, que nos serviram, de imediato, bolinhos de bacalhau e pastel de camarão, seguidos de uma moqueca mista dos deuses, com arroz e pirão, como nunca vi. O pastel estava bom, mas o bolinho de bacalhau, sem graça. Já, a moqueca, uma delícia fumegante.
O local é simples, quase rústico, e apertadinho, as mesas quase coladas, se expandem pela calçada, costume bastante apreciado pelos restaurantes e lanchonetes do Rio. Aliás, o restaurante lembra mais um botequim, está sempre cheio e há fila de espera. Quem estiver apressado, também pode comer/beber em pé.
O restaurante é um dos points mais badalados do Posto 4 da moçada que vem da praia. Mas, achamos a comida caríssima, assim como a dos restaurantes cariocas, de modo geral; e, comparativamente, ao conforto que oferece.
Uma mancha na reputação do restaurante é o banheiro sujo. Não fui, não vi, mas ouvi os comentários.
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Depois de um merecido repouso no Savoy, especulamos sobre como seria nossa 'noite feliz', o que faríamos, onde jantaríamos. Optamos por evitar locais badalados demais, shows, eventos. No máximo, encararíamos um jantar, pois, independente de ser natal, obviamente, jantaríamos.
Na internet, pesquisei sobre os restaurantes que estariam abertos. Fiquei sabendo que, além dos famosos (Porcão, Fasano, Bistrô do Leme, Gula Gula, Atlantis) que estariam oferecendo a famosa "ceia de natal", a preços impensáveis; e poucos restaurantes estariam abertos. Não tínhamos interesse em gastar fortuna em "ceia de natal", sem contar que os restaurantes cariocas já são normalmente muito caros. Assim, se não encontrássemos um restô razoável, nos conformaríamos com uma refeição simples em um dos cafés 24 hs que funcionam em Copacabana.
No início da noite, enquanto fiquei lendo, P. foi correr na orla, e E. foi sentar no calçadão. Na volta, E. deparou-se com um restaurante aberto, o Príncipe de Mônaco, e ficou sabendo que estaria funcionando até meia-noite. E lá, nesse Príncipe de Mônaco, sobre o qual nenhuma referência encontrei no Google, nem mesmo o endereço, que é na Miguel Lemos, 18, em Copacabana, foi onde comemoramos o nosso natal.
O local, ligeiramente mais amplo do que o Caranguejo, mas aparentemente do mesmo padrão, revelou-se no delicioso cardápio e no excelente atendimento. Quando chegamaos, estava quase vazio, mas em pouco tempo lotou, e, pelo público, o restaurante nos pareceu agradavelmente família; pois, o ambiente se contagiou rapidamente de risos de crianças, altos papos, tilintar de pratos e copos, numa atmosfera alegre, que mais lembrou a de uma cantina italiana. Comemos bem um prato à base de lagosta e outro de bacalhau.
Foi uma noite divina, tranquila, e o clima entre nós estava aconchegante. Um natal calmo, feliz e sem grandes prestensões, foi o que logramos brindar, exatamente como havíamos planejado.
Referências:
Restaurante O Caranguejo
Endereço: Rua Barata Ribeiro, 771 - Copacabana - Rio de Janeiro , RJ Fone: 55 21 2235-1249 [Fica na esquina com a Xavier Silveira, frente da estação de metrô Cantagalo]
Posted at 22:52 in Comes&Bebes, Família, Gastronomia, Lugares, Rio de Janeiro, Viagem | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
nunca cheguei a escrever um poema sobre
a cidade ser à noite um carrossel
de luzes. nem outro sobre
a fotografia onde fiquei com ar
envergonhado. ou sobre o frio e
o passeio por Hyde Park, onde
pássaros vieram comer às tuas mãos
e eu deixei fugir alguns versos
só para te poder fotografar. ou sobre
a casa estilo vitoriano, que prometeu
ocultar todas as palavras que dissemos
um ao outro, quando ao deitar
nos encolhíamos debaixo de
vários cobertores e mesmo assim
tínhamos frio. ou o definitivo,
aquele que falaria sobre Greenwich
e o meridiano que me ensinou a importância
do tempo que sempre falta, principalmente
quando numa das pontes quis dizer amo-te,
mas havia um autocarro para
apanhar. e era já o último.
[londres, in mapa, manuel a. domingos]
Chegamos os três, eu, Elias e Philippe, em Londres, vindos de Paris, de trem, pelo Eurostar, desembarcando na estação St Pancras, às 11h28, na manhã de hoje, nublada, gelada, tipicamente londrina - como dizem.
Atravessamos quase toda a cidade, de táxi e metrô, para chegarmos ao longínquo Hotel Jurys Inn Chelsea Hotel.
Por que a preferência por um hotel tão distante do desembarque?
Reservas de última hora. E tivemos sorte de encontrar este. A vantagem dele, é ser facilmente acessível, a partir de qualquer ponto principal de transporte na cidade, chegando de avião, trem ou de carro.
A seguir, algumas fotos do site do hotel.
O Jurys Inn Chelsea Hotel fica no endereço:
Imperial Rd | Imperial Wharf, Londres SW6 2GA, Inglaterra
Este é o endereço, porém, o hotel não está realmente no Chelsea, mas mais próximo do Fulham.
Sobre ele, começo por dizer que este é amplo, moderno, bem equipado. Oferece um excelente café da manhã. Mas, é caro. E distante. A região do Chelsea fica longe das atrações, de todos os pontos turísticos de Londres.
Enquanto ficamos neste hotel, em termos de transporte público, não tivemos muito do que reclamar. Nesse quesito, a sua localização é privilegiada, pois contávamos com Metrô (Underground) e trem (Overground) com integração total. Contudo, para nós, essa qualidade não compensou o tempo que perdíamos nas viagens.
Comendo em Londres
Falam-se que, para comer bem, bonito e barato em Londres são aconselháveis três tipos de restaurantes: indiano, paquistanês ou bengalês. Pelo menos, foi com esta tríade na cabeça que cheguei em Londres, ávida por uma comida fora dos meus padrões nacionais. Entretanto, como o inusitado tem também o seu lado interessante, o primeiro restaurante inglês que conheci não foi exatamente dessas procedências, nem tão distante das nossas referências.
Saímos à paisana para localizar um lugar maneiro para almoçarmos e, num shopping, que se localizava numa estação de metrô, nos deparamos com o restaurante Nando's. Resolvemos arriscar, sem medo de errar. E deu super certo.
Almoçamos no Nando´s, restaurante de origem portuguesa, disseminado por toda Europa, ótimo ambiente, bem decorado, boa comida. Lembra muito o Galeto's. Serve uma comida um pouco apimentada, cujo prato senior é o PERi-PERi, um frango marinado num molho picante de origem africana. Imperdível, para quem gosta de pimenta. Como não curto muito, optei por outro frango não menos delicioso.
E, no caminho, a Trafalgar Square e a National Portrait Gallery
Saindo do restaurante Nando's, pegamos o metrô para Picadilly Circus. Elias, extasiado com a qualidade e a segurança dos transportes londrinos, e lembrando também o conforto do metrô de Paris. Nós, brasileiros, somos muito condicionados a andar sempre de carro; em parte, por comodidade, em parte porque os nossos transportes urbanos deixam muito a desejar. Realmente, é agradável conhecer e visitar cidades que contam com avançados sistemas de transportes (trens, metrôs, ônibus), onde, raríssimas vezes, precisamos apelar para táxi. Desbravar, a pé, uma cidade como Londres, torna a caminhada, antes de tudo, um ato de prazer e de conhecimento. Andar a pé, nos aproxima mais do povo, dos cheiros, do clima, da cultura local.
Saímos do metrô, a andar na direção da Trafalgar Square, que estava movimentada e linda, na penumbra, entre o lusco-fusco do entardecer e as primeiras luzes da noite, com fontes e luzes coloridas que piscavam, a nos lembrar que estávamos em plena efeverscência natalina. Um privilégio estar em Londres, praticamente, na ante-véspera do ano novo. E principalmente, no coração londrino, pois, além de famosa, a Trafalgar Square é uma praça das mais centrais de Londres.
Fazia um frio de doer. Aliás, nesta viagem, sou sempre a mais sensível, a que mais vem se queixando, desde Lisboa. Em Paris, mal podia sacar a luva para tirar fotos. As mãos queimam, e a respiração está sempre difícil, por isso evito falar muito quando estou na rua, andando. Só melhoro quando envolvo o cachecol sobre o nariz. Porém, nem de longe, esse infortúnio se compara à sensação de encantamento por estar em Londres, pela primeira vez, na vida. Sensação mais forte que esta, somente na primeira vez que vi Paris.
Caminhamos pela praça, passamos pela coluna Coluna de Nelson e pelas duas fontes que ladeiam a coluna. A Praça Trafalgar tem localização estratégica. Só de imaginar que, dali, era via para se chegar ao Parlamento, ao Buckingham Palace, Convent Garden e Piccadilly Circus, meu coração pulava.
Ao passar ali, lembramos todos das tantas vezes que vimos a praça em filmes e tv, por ser ela palco para manifestações políticas e protestos, ou para a Pride Parade GLS Londrina, e shows internacionais.
Mas, atravessamos rapidamente, lamentando não ter dado tempo (e, também, pelo frio) de ter visto os leões deitados. A noite já caía, e ainda pretendíamos visitar a National Portrait Gallery que, para nós era uma atração que superava, de longe, a importância da praça.
A seguir, fachada do museu. Foto do site oficial.
Endereço do museu:
St Martin’s Place
WC2H 0HE Londres
A National Portrait Gallery é um museu fundado em 1856 para coletar preservar retratos de homens e mulheres britânicos famosos. O museu contém mais de 185 mil retratos do século 16 até os dias atuais. Entre as obras, constam pinturas, fotografias, esculturas, gravuras. Ao entrar, fiquei extasiada com a beleza do edifício, por sua antiguidade, pela suntuosidade do seu interior, pela riqueza e beleza de obras que vi.
À entrada, já me encantei com imponência do prédio. Imediatamente, sem pensar, saquei a câmera para as inevitáveis fotos. Ainda consegui tirar uma - quando percebi que era proibido - foto do teto, coisa mais linda.
Para dar uma idéia da aparência interna da Galeria, incluo algumas fotos obtidas na internet mesmo.
A foto seguinte é do site good life retreats.
Esta, abaixo, é do site Countries of Europe.
E esta é do blog Au bon croissant
A seguir, foto de © Andrew Putler
Em vários estágios do museu podemos ver obras da época dos Tudor's até os dias atuais, como os Beatles, Kate Moss, entre outros.
Foto de Audrey Hepburn, em 1954, by Sir Cecil Beaton, do site oficial do museu.
Lady Di, Princesa de Gales, by David Bailey.
Pensem numa emoção que é passear por suas galerias, pousar os olhos sobre tantas obras primas, imaginar seus autores no ato da criação. Há algo de divino na criatura humana, quando ela atinge a perfeição. Embevecidos, sentimo-nos reles mortais, nos transportando para aquele momento.
Boneca caracterizada de Ana Bolena, 2ª esposa do rei Henrique VIII.
Tão prazeroso quanto conhecer e contemplar sublimes obras, é se apaixonar pelos souvenirs dos museus. Sou fissurada nos bloquinhos, bolsas, chaveiros, canecas, cartões, bookmarks, ímãs, calendários. Esse é meu paraíso. Melhor é encontrar objeto de sua obra preferida e lembrar da família, dos amigos. Passo horas, tiro a paciência dos meus acompanhantes, que não entendem o motivo da demora nessa contemplação. Hoje, por exemplo, saí da Galeria de sacola cheia de coisinhas úteis, mas também, de futilidades.
Encerrada nossa visita, rumamos para Picadilly Circus e Oxford Street. Chovia fino e o frio era constante. Estávamos em pleno coração londrino. A decoração natalina me levou às lembranças dos natais da minha infância. Coisa de sonho. Tantas luzes coloridas, com o azul predominando, minha cor preferida.
Na fase de programação da viagem, fiquei tentada em comprar entradas para o espetáculo Mamma Mia, mas como meus companheiros de viagem não são apreciadores do gênero, desisti do intento. Eles queriam ir, por mim, mas sei como é difícil ficar horas ouvindo/assistindo algo de que não se agrada. Por outro lado, qualquer programa, por mais prosaico, em Londres, já seria o must. Andar à toa pela cidade, entrar e sair de lojas, admirar as vitrines, comer bem.
Como chegar à National Portrait Gallery :
De metrô: As estações mais próximas são: Charing Cross (230 metros), Leicester Square (195 metros), e Embankment (490 metros). Essas estações não tem elevador.
De trem: Estação Charing Cross 320 metros, da Praça da entrada do St Martin.
Posted at 22:01 in Comes&Bebes, Família, Fotografia, História, Londres, Lugares, Restaurante, Viagem | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Tags: "Jurys Inn Chelsea Hotel", "National Portrait Gallery", "PERi-PERi", "trafalgar square", 2010, england, frango, hotel, inglaterra, london, londres, nando's, picante, restaurante
BOULANGERIE
Boulangerie Patisserie l'Essentiel - Boulanger Anthony Bosson
73 Boulevard Auguste Blanqui - 75013 Paris (metro linha Corvisart 6) / 01 45 80 27 61
Aberto: terça a sexta-feira 07:00-20:30, sábado das 7h às 20h e aos domingos das 7h às 15h.
Bem na esquina da rue Barrault e do boulevard Blanqui, no 13e arrondissement parisiense, próximo ao TimHotel onde nos hospedamos, fica a l'Essentiel, nosso primeiro achado em Paris, nesta viagem, em termos gastronômicos.
Foi encontrada casualmente, na hora em que a fome apertou. Havia uma fila razoável e, apesar do nosso tosco francês misturado ao inglês, fomos muito bem entendidos e atendidos.
Era noite, fazia um frio terrível e não tínhamos muita disposição nem coragem para procurar um local para comer. Eu mesma, super friorenta, queria entrar na primeira bodega que encontrasse. Diga-se, de passagem, que, em Paris, em qualquer biboca sempre vale a pena. Felizmente, não foi preciso andar muito. Saindo do TimHotel, descendo a mesma rue Barrault, pela calçada esquerda, na 2ª esquina está a l'Essentiel - ela fica na mesma rua da estação de metrô Corvisart.
Ficamos sabendo, depois, que o boulanger (padeiro) e proprietário, Anthony Bosson, é quase um garoto de apenas 26 anos. L'Essentiel é um estabelecimento bem frequentado, especialmente durante o almoço, demandado por muitos trabalhadores parisienses que apreciam os sanduíches e petiscos diversos da casa. A apresentação das delícias em vitrines possibilita um atendimento mais rápido, reduzindo o tempo de espera nas filas.
Foto: Facebook "Anthony Bosson".
Adoro !!!!!
Os salgados são de boa qualidade, frescos (recém saídos do forno) e com preços razoáveis. O pão é realmente a essência dessa padaria. Anthony Bosson trabalha com farinha orgânica biológica. A baguette tradicional – ou flûte Bosson – é deliciosa, para os 1,05 euros. Seu sabor de noz é a sedução. A acidez característica da levedura usada na seu fabricação é bem presente, o que a faz mais apreciada. Isso lhe confere uma boa conservação e uma crocância, que eu particularmente adoro, durante a degustação.
L'Essentiel apresenta também uma grande variedade de pães, num espaço na parte de trás da loja, onde se pode apreciar também o resultado da criatividade do padeiro, de pães que levam cereais, mel, nozes ou azeitonas.
Como falei anteriormente, a equipe é profissional, atende bem. Questões/dúvidas sobre os produtos são respondidas rapidamente. Há duas filas de atendimento, para andar rápido; uma, é para salgados.
L'Essentiel é uma boa dica para o almoço de viajantes e turistas que desejam uma refeição saborosa, mas conta com orçamento apertado. Por isso, a boulangerie tem uma denominação apropriada, pois oferece o essencial, ou seja, pão de qualidade e algo para comer, sem mais delongas.
E é claro que retornaremos a esta deliciosa boulangerie sempre que viermos a Paris, uma vez que também estamos propensos a voltar a nos hospedar no TimHotel. Deus no dê muitos anos de vida, e oportunidades de voltar à Paris e à l'Essentiel, onde podemos comer rezando.
Atualização (2011) - a ler:
L'Essentiel, une boulangerie de quartier.
Atualização (2011):
O croissant da l'Essentiel foi considerado, por concurso, o 4º melhor de Paris.
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Tags: "flûte Bosson", "l'Essentiel", alimentação, Anthony Bosson, baguette, Bosson, boulanger, boulangerie, mercearia, padeiro, pain, paris, pão
Chuvas esparsas ainda ocorrem nesta cidade, mas o sol forte, o calor, as praias apinhadas de gente, atestam que o verão, definitivamente, chegou.
Depois de duas semanas movimentadas no trabalho, cheias de imprevistos, e uma tensa expectativa de vagas em hotéis, justo na sexta-feira (da semana passada), recebemos a confirmação de vaga no Visual Praia Hotel, de Natal.
Quando começa o último quadrimestre do ano, os hotéis do nordeste começam a superlotar, fase que se estende até março do ano seguinte. Quem faz planos de viajar nos feriados ou pretende gozar as férias por aqui, deve cuidar de suas reservas com muita antecedência, sob o risco de não conseguir qualquer lugar ao sol, ou de, no máximo, escapar numa espeluncazinha, de onde não sentirá sequer o cheiro da maresia.
Sabemos disso e, no entanto, temos a mania de deixar tudo para última hora. Então, foi com alívio que na sexta à noite, depois de muita busca, pudemos pisar em solo potiguar. Temos uma preferência especial por Natal, para onde já viajamos diversas vezes. Desta feita, passamos, Elias, Pippe, Domênica e eu, três abençoados dias - dormindo, passeando pela cidade, comendo bem, visitando parentes e curtindo as mordomias do hotel .
O hotel, cujo nome sugere algo na categoria de uma pousada ("Visual", não parece nome de uma pousada de interior?), é um quatro estrelas bem justificadas, que nos surpreendeu em qualidade, limpeza, design, localização, atendimento e conforto.
A foto abaixo, obtida do site Mala Pronta, dá uma idéia da amplitude do hotel, ainda que não se distinga bem a praia. Melhores imagens panorâmicas podem ser vistas no site do próprio hotel.
O "Visual", fica rente, beijando as areias e águas mornas da Praia de Ponta Negra. É só atravessar a calçada. Amplo, possui, em cinco andares, 122 ap's, mais 14 suítes, 03 piscinas com cascatas, piscina infantil, restaurante panorâmico com vista para a praia, sauna, massagem, fitness, cyber café, salão de jogos, salão de beleza, garagem, etc.etc.
A comida é boa, honesta (segue o padrão PAS), com um buffet normal. [Aliás, nesse quesito, preferimos sempre conhecer ou revisitar os restaurantes locais que oferecem uma gastronomia variada e impecável, de dar água na boca, só de lembrar.]
Das restrições ao hotel, cabe mencionar apenas um - mas, grave - defeito do hotel: wifi ainda é paga, e cara - R$ 0,25 por minuto; enquanto a maioria dos hotéis, dos mais simples aos mais sofisticados, e, até mesmo, áreas públicas como shoppings e praças, já adotam wifi grátis. Nem por isso deixaria de voltar a me hospedar neste hotel. Altamente recomendado. Algo mais, pode ser conferido, em detalhes, no site do hotel.
As fotos abaixo mostram a calçada do hotel nas primeiras horas da manhã, que dá acesso à praia, quase vazia, sem as presenças de turistas, nativos e ambulantes. Na primeira, vê-se, ao fundo, o Morro do Careca.
O comércio informal já ocupa a maior parte até dos espaços naturais. Vimos de tudo o que já é comum ver em quase todas as praias brasileiras: vendas de cangas, roupas de banho, chapéus, bermudas, camisetas, redes, óculos, algodão doce, picolés, ostras, amendoim, castanha,coco, bebidas, etc. etc. Afora as barracas fixas e as intinerantes que fornecem de petiscos e bebidas a marmitas. O cidadão enfrenta uma disputa homérica com os ambulantes na ocupação dos ínfimos espaços de praia; é explorado, vítima de sua própria condição de turista, e ainda corre o risco de adquirir produtos falsificados ou ingerir alimentos de qualidade duvidosa. E depois tudo, sobram os resíduos, a sujeira, a desorganização num espaço que é coletivo, compartilhado por todos. Claro que nem tudo é mazela gerada só pelo comércio ambulante; nós, consumidores - a maioria - somos mesmo mal educados e deixamos rastros por onde passamos. É um importante desafio para os planejadores do turismo, dimensionar e propor formas adequadas de convivência e uso espaço urbano, numa relação custo-benefício sob medida para ambos os envolvidos na cadeia de consumo que vai do lazer até a última etapa da atividade produtiva: o lançamento das sobras, do lixo no espaço sagrado do nosso planeta.
Aqui, lances das piscinas do hotel com vista para a Praia de Ponta Negra:
Domênica, Philippe e Elias - papos de fim de almoço:
A seguir as nossas acomodações. Destaque para as nossas tralhas de praia - geladeiras, toalhas e bolsas de praieiros.
Domênica e Philippe, jantando no Tibério:
Algumas das iguarias que saboreamos no Tibério (comidas deliciosas, ambiente agradável, mas restaurante carésimo); em primeiro plano, o risoto alla pescatore,...
...o sirigado (que eu adoro!) ao molho de espinafre:
No domingo, finalzinho de tarde, almoçamos/jantamos no restaurante Falésias, uns pratos deliciosos à base de peixe e frutos do mar. Confesso que não lembro os nomes, mas não esquecerei nunca os seus aromas e sabores divinos.
O pirão de peixe servido no Falésias:
Banhistas fotografando na Praia de Cotovelo:
Posted at 17:06 in Comes&Bebes, Família, Fotografia, Gastronomia, Meio ambiente, Viagem | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Posted at 19:40 in Casa, Comes&Bebes, Cotidiano, Família, Fotografia, Gastronomia | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Neste final de semana, fizemos, ao modo bem família, um circuito literatura-praia-gastrô-shopping em Olinda e Recife.
Já contei aqui no blog como gosto, por vínculos emocionais, desse Pernambuco, desde priscas eras, quando morei em Pesqueira.
Talvez,
por essa afinidade, ou pela proximidade de Recife com João Pessoa, em quase todas
as férias, reservamos um fim de semana só para curtir as
delícias de Recife-Olinda. Por razões óbvias, nossas passagens por lá são,
invariavelmente, inesquecíveis.
Ricardo
Freire disse bem que Recife-Olinda são repletas de "botecos bacanas e
restaurantes profissas". E eu acrescento a esses atributos que se tratam também de duas cidades
culturalmente fartas, divertidas, de bom astral.
É verdade que um weekend é muito, muito curto para as milhares de atrações da veneza, mas a cada ocasião procuramos explorar novas baladas, paisagens e sabores.
Hospedagem:
Ficamos no Blue Tree Towers Recife, beijando o mar de Piedade.
Foi uma boa escolha. O hotel é bom, o serviço também, e a paisagem, melhor ainda.
O Blue Tree. Nosso ap ficava no décimo segundo,
olhando pra vastidão do mar. Foto do site do hotel.
Shoppinhando:
Fomos ao Shopping Paço Alfândega, que fica no Recife Antigo, admirar sua arquitetura. E, de quebra, porque lá está, também, a Livraria Cultura. Lá, nos demoramos apenas três horas, cada um na sua seção favorita, de onde saímos com braçadas de livros.
Foi um dos nossos melhores programas; pois, os quatro, somos apaixonados por livros, por leitura.
Domênica, namorada do filhão; Elias, my husband;
e Pippe. E eu, atrás da câmera.
Um ângulo do hall do Shopping Paço Alfândega.
Pippe, Domênica e Elias, posando pra mim.
Shopping Paço da Alfândega (fachada amarela).
Algumas das minhas aquisições.
Fiquei literalmente babando diante dos livros de arte em papel, pois sou consumidora voraz deste tipo de leitura e de hobby. Vejam só que pérolas eu pude, finalmente, comprar:
"The art of decorative paper stencils", de Kanako Yaguchi (um guia prático de como fazer stencil em papel, com base em dobrar, cortar e abrir);
"Handmade: greeting cards for special occasions", de Amanda Hancockes (passo-a-passo das técnicas de cartonagem e de projetos criativos);
"Wedding Papercrafts: 35 beautiful easy-make projects for that special occasion", de Ann Brownfield e Jane Cassini (o foco é produção de enfeites e acessórios para festas de casamento, de onde se pode colher/adaptar muitas idéias para outras ocasiões);
"Os quadros divertidos de Arcimboldo", de Sylvie Girardet e Nestor Salas (subsídios para minhas aulas de percepção ambiental);
"Wallpaper City Guide: Buenos Aires - o guia da cidade", da Publifolha (porque o marido tá me convidando pra ir, nesses dias, a Buenos, e eu já estou topando, obviamente).
Fomos às compras também no Shopping Center Recife e, de lá, garimpamos lindos trecos na Tok & Stok, que adoro - infelizmente não contamos com essa franquia em João Pessoa -, para ornar nossa casita.
Praia:Confiram as imagens da praia, no trecho mais próximo ao Blue Tree:
Praia limpa, até que hordas de banhistas e
ambulantes comecem a invadir a "nossa" praia.
A praia mostra-se aqui, aparentemente, limpa
e deserta porque chegamos relativamente cedo, às
primeiras horas da manhã.
Bagunça organizada.
Comilanças:
É difícil escolher, nas duas cidades, o melhor lugar - em ambiente e comida -, diante de tantos restaurantes de qualidade e estilo tradicionais, desde os mais descolados, aos ainda desconhecidos, mas nem por isso menos aconchegantes e charmosos.
E comer bem (não, necessariamente, muito), na companhia de pessoas queridas, é uma das formas mais eficientes de tornar uma viagem prazerosa e inesquecível.
Com exceção do restaurante Bonaparte do shopping, eu recomendo todos aqueles que frequentamos nesta viagem, por serem dignos de boa lembrança.
Diga-se, de passagem, que a maioria dos grandes restaurantes concentra-se em Boa Viagem; mas, na hora de escolher aonde ir, convém não se prender a esse detalhe local.
Restaurantes que utilizamos:
Ponteio Grill
A vantagem começa pelo ambiente, com uma bela vista para a praia de Boa Viagem. Ávidos por um bom churrasco, escolhemos este que serve no rodízio, mas também oferece um bom buffet de saladas, frios e sushis.
O ponto fraco do restaurante está no atendimento.
O melhor, pra mim, está na sobremesa: o morango flambado:
Bonaparte
Almoçamos, no sábado, Elias e eu, neste restaurante do Shopping Center. Não gostamos. Temos em João Pessoa uma filial dessa franquia, de fast food que serve bem melhor do que sua similar, de Recife.
Tomaselli La Gondola
Fica em Boa Viagem. Foi onde jantamos no sábado. É um restaurante italiano clássico, com ambiente calmo e agradabilíssimo, seletivo, música e iluminação suaves, e comida deliciosa.
Em termos de pizza, serve uma massa fina e crocante, coberta com molho de tomate, champignons, queijos,
anchovas e salame importados.
Oficina do Sabor
Fica na cidade alta, em Olinda, foi uma das melhores escolhas que fizemos, baseada na Veja Recife. O ambiente é charmosíssimo, bem original, pois está localizado numa casa antiga, numa rua estreita. O restaurante é considerado um dos melhores do Brasil, oferecendo uma culinária pernambucana, com uma forma inusitada de diversificar sabores com base em ingredientes regionais, como o jerimum, a carne de
sol, a charque e a macaxeira.
Visão da entrada do restaurante e do terraço (ainda há um ambiente
interno climatizado). Fotos do site do restaurante.
Vista da sacada do restaurante (ao fundo vê-se a
silhueta da cidade de Recife)
Elias e eu comemos este filé de peixe ao creme de
camarão, com arroz e batata
soutée.
Philippe e Domênica provaram deste cabrito à
caçadora com purê de macaxeira, farofa de jerimum
e cheiro verde.
Dividi com Elias esta de-li-ci-o-sa "cartola no
Engenho Massagana" (homenagem aos 150 anos de
Joaquim Nabuco). Trata-se de banana frita gratinada
com queijo de coalho, mel de engenho e polvilhada
com açúcar, canela e chocolate em pó .
A torta de chocolate com sorvete de creme de
chocolate, pedida por Pippe e Domênica.
Pin-Up Burgueria
Foi das melhores descobertas casuais, de Philippe, quando, numa outra ocasião, se perdeu na cidade, na busca de outra sanduicheria.
A decoração retrô da casa é show, bem impactante, inspirada nas lanchonetes americanas dos anos 50, a googie architecture, bem ao estilo Os Jetsons. Toda em vermelho e verde, possui poltronas plastificadas e fotografias
de pin’ups, com o piso xadrez, nas cores preto e branco.
A comida é dez, o atendimento é muito bom e o ambiente é inesquecível.
No cardápio, há 19 opções,
três delas para a criançada. O
hambúrguer é o ponto forte. De fabricação própria, os clientes escolhem o de 80, 120 ou
210 gramas, com queijos cheddar, ementhal ou estepe.
Fachada e interior da Pin-Up. Fotos de Turíbio Santos &
Santos Zezinho. Vale a pena conhecer a
proposta temática dos idealizadores.
Essa lanchonete foi, para nós, um verdadeiro achado: por ser um ambiente onde ficam bem pessoas de qualquer idade, pela comida sensacional e pelo atendimento impecável. Com ela, fechamos com chave de ouro o nosso fim de semana em Recife-Olinda, um dos mais bem curtidos das nossas vidas. E que só não foi perfeito porque a estrada Jampa-Recife, ainda em obras, está muito movimentada e cheia de riscos; wi-fi no quarto do hotel não é di grátis; e a piscina do hotel é pequena; mas, quem liga? Afinal, nem levei minhas pilicuxicas...;(
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Um dos hábitos que mais me fizeram falta, depois que voltei a me envolver com livros e cadernos, foi de ver um bom filme, de vez em quando. Nos últimos anos, o lugar que mais tenho frequentado tem sido a universidade. Raramente vou ao cinema, e, só em casa, pela tv a cabo, vejo alguns documentários, quando são realmente imperdíveis. Não tenho assistido aos lançamentos, nem mesmo em dvds, pois o tempo tem sido pra mim uma jóia raríssima. Mas, outro dia, escapei dessa rotina estressante e fui ver em casa de amigos, no seu espetacular home theater, Quando Nietzsche Chorou, um belo filme, de diálogos bem estruturados e cheios de sentido, aportes de filosofia e psicologia em processo de autoconhecimento, combinação sincronizada com uma clássica trilha sonora, com referências a ilustres pensadores, e um figurino caprichado. Enfim, quem ainda não viu, não deve perder.
Depois da sessão, saboreamos uma divina macarronada ao peperone, regada a um bom vinho tinto, elaborada por Damião Ramos (ao centro), o anfitrião. À mesa, da esquerda p/ direita: Elias, Emília, Damião, Anedite e Ana Elvira. Eu sou fotógrafa. Mas, prometo, na próxima vez, aparecerei na foto.
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"O presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), Francisco Menezes, em entrevista à Radiobrás, destacou, que a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) transforma o acesso à alimentação um direito fundamental. Essa mudança, segundo ele, dá ao cidadão condições de exigir esse direito".
Imagem: Revista Eletrônica de Ciências.
Via: Feito em Casa.
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Saiba o que, como e onde foi Feito em Casa.
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