Tô voltando devagarinho...
Vejam minha pimenteira florindo o meu retorno.
Tô voltando devagarinho...
Vejam minha pimenteira florindo o meu retorno.
Posted at 22:07 in Blogs, Gastronomia, Natureza | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Posted at 17:18 in Fotografia, Gastronomia, Lugares, Natureza, Viagem | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Posted at 17:39 in Cotidiano, Cultura popular, Fotografia, Gastronomia, Lugares | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Ontem, fizemos (Cida, Gislaine, Niedja e eu) um tour pela feira livre de Campina Grande. As razões para a visita foram técnicas, mas o nosso interesse também tinha um quê de retorno íntimo, de volta às nossas origens. Estamos fazendo um trabalho sobre isso. Quando concluirmos, falarei um pouco mais sobre essa experiência, sobre as nossas impressões. Por enquanto, um pouco de cores, sabores e aromas do que se chama de feira popular.
Quiabos no balaio.
Alhos sem bugalhos
Alguidares
Lamparinas de zinco
Pitombas
Siriguelas
Manteiga de garrafa (não confundir com garrafas de manteiga)
Pomba Gira
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Querem ir também à feira de Campina? Então, cliquem aqui.
Posted at 17:27 in Cotidiano, Cultura popular, Flores, Fotografia, Gastronomia, Lugares | Permalink | Comments (3) | TrackBack (0)
Sexta-Feira Santa cinzenta, quente e tristonha. Mas, tranquila e deliciosa. Não é difícil adivinhar por quê... Resolvi navegar na cozinha. Fiz apenas dois pratos simples e especiais, acompanhados com vinho J. P. Chenet, tinto de mesa carbenet-sirah seco e fino, francês, de mosto fermentado de uvas viníferas. No som de uma casa ainda em luto, música clássica e coro de vozes de catedrais, para acalmar a nostalgia. O casal almoçou sozinho porque o filhote bateu asas, passou o dia fora, em casa de amigos.
O bacalhau à Gomes de Sá foi a grande estrela da nossa mesa, servido com arroz com brócolis, delicadamente refogado com manteiga da terra.
Como diz Pascale Weeks, c’est moi qui l’ai fait. Eis a minha receita, de dar água na boca:
Bacalhau à Gomes de Sá
Ingredientes
500 g de bacalhau
500 g de batatas
10 colheres de sopa de azeite
1 dente de alho
2 cebolas (cortadas em rodelas)
2 ovos cozidos
azeitonas pretas
salsa
sal e pimenta
Modo de Preparo
Depois do bacalhau demolhado (após passar uma noite na água para retirar o sal), coloque-o em uma panela para dar uma ligeira fervura. Escorra o bacalhau, retire a pele, as espinhas e corte-o em pequenas tiras. Numa panela, junte as cebolas ao azeite e leve ao fogo para dourar levemente. As batatas são cozidas e depois descascadas e cortadas em quadrados irregulares. Depois, é juntar o bacalhau e colocá-los na panela utilizada para dourar a cebola, misturando tudo ligeiramente, temperando com sal e pimenta. Para levar à mesa, sirva em uma travessa e polvilhe com a salsa picadinha, colocando os ovos cozidos em rodelas e as azeitonas pretas.
Posted at 00:21 in Gastronomia | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Uaaau, Gisa, vi minha receitinha aí. Hehehe
Aqui, uma foto do feijão de corda para vc conhecer. É também conhecido como feijão-macassar ou feijão fradinho.
Queria postar no seu blog gastronômico, mas pedia uma senha e tal. Não consegui. Ih, tah ficando irresistível aquele blog! Nhaaam!
Posted at 03:05 in Gastronomia | Permalink | Comments (4) | TrackBack (0)
Baião-de-Dois
"Capitão, que moda é essa
Deixa a tripa e a cuié
Home não vai pra cozinha
Que é lugar só de mulé
Vô juntar feijão de corda
Numa panela de arroz
Capitão vai já pra sala
Que hoje tem baião-de-dois
Ai, ai, ai
Ó baião que bom tu sois
Se o baião é bom sozinho
Que dirá baião de dois".
(Música de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, escrita na década de 50)
Quem passa sempre por aqui, sabe que, vez por outra, costumo fazer viagens an(in)teriores. Revolver a memória íntima é como despertar a criança que ainda habita em mim (como em todos nós). Serve ainda para consolidar as minhas raízes culturais, reforçando os laços que permanecem atados às minhas origens familiares. Faço isso, também, para manter vivas as lembranças queridas da minha gente, dos velhos tempos de mim e dos meus lugares - afinal, vivi em tantos...
A lembrança das cores e dos sabores dos meus tempos (passado e presente) produz uma forte consequência neste coração de quase cinquenta anos e lá-vai-tempo. Recordar faz bem porque resgato a lembrança as pessoas queridas, distantes, e as emoções sentidas ao longo da caminhada pela vida a fora: a minha família e nossos costumes, os amigos e as brincadeiras de rua; as cores, sabores e aromas da cozinha tradicional da minha mãe. E muitas outras sensações inesquecíveis.
Lady Laura já não cozinha como antigamente. O diabetes mina-lhe a visão a cada dia e já não usa o fogão com a habilidade de outrora. A sua doença importa-me definitivamente, mas já aprendi a conviver com a saudade dos seus pratos, posto que o legado que deixou na minha memória já foi tombado para a eternidade. A sua deliciosa galinha de capoeira, o bacalhau ao molho de coco, o farto e extravagante cozido de pirão, o arroz-de-leite com fígado guisado, e o seu insuperável baião-de-dois ou rubacão - jamais serão esquecidos.
Baião-de-dois é, para mim, o verdadeiro prato da boa lembrança. É a minha "comida da alma", como diz Nina Horta; é o meu prato típico do coração. É a reminiscência mais primitiva da minha memória gastronômica, por isso mesmo, a mais presente. Minha mãe fazia o rubacão com muita frequência, em grande quantidade, e com muito capricho.
Acabei de ler que o governo brasileiro, através do Consea, está discutindo a possibilidade de tornar a receita cearense - feita à base de arroz, feijão e queijo de coalho - um bem cultural, registrado no Iphan em encontro do Comitê Permanente de Nutrição da ONU (olha a importância!), em Brasília. E o melhor dessa iniciativa, é que a iguaria poderá ser incluída na merenda escolar.
O gosto pelo baião-de-dois tem muito a ver com minhas raízes. Sinto o orgulho de ser nordestina. Nasci na Paraíba e morei em outros estados do Nordeste. No Ceará, minha família estabeleceu residência há mais de trinta anos, na cidade de Juazeiro do Norte, mais especificamente, onde se aprecia o baião-de-dois misturado ao piqui (veja foto mais embaixo; é um fruto comestível apreciadíssimo na região do Cariri - sul - cearense; o caroço com a polpa é cozido no arroz ou no baião, e tem espinhos!). Ainda criança, na Paraíba, comecei a apreciar o rubacão feito por minha mãe e, no Ceará, conheci outras variações da comida, lá, chamada por baião-de-dois. Sei que em Alagoas o baião é mais conhecido por arrumadinho (enquanto 'arrumadinho', aqui na Paraíba, é outra coisa).
Bem, como já foi dito, a iguaria é feita basicamente de arroz, feijão verde, de corda ou mulatinho, com queijo de coalho.
Antes de falar das muitas variações, vamos às fotos e à receita:
Baião-de-dois ou rubacão tradicional
Ingredientes: 2 xícaras de arroz; 2 xícaras de feijão de corda; 1/2 xícara de manteiga de garrafa (manteiga-da-terra); 200g de queijo de qualho; 1 pimentão verde picadinho; 1 pimenta de cheiro amarela; coentro (ou salsa) picadinho; 1 cebola grande picada; 4 dentes de alho picados.
Preparo: Cozinhe o feijão somente na água e no sal. Cozinhe o arroz normalmente, de forma que fique branco e soltinho. Aqueça uma frigideira grande e coloque a manteiga. Frite o pimentão, a cebola e, por último, o alho, misture bem e adicione 2 conchas do feijão. Rale, aproximadamente, meia xícara do queijo e, o restante, corte em lascas e acrescente à mistura da frigideira. Vá misturando tudo delicadamente de modo que os ingredientes incorporem-se e o baião-de-dois fique bem úmido. Sirva em uma travessa de barro (de preferência), salpique por cima o cheiro verde e o queijo ralado.
O baião serve para acompanhar carnes e peixes. Não é um prato leve, mas é delicioso. Quem come baião, come por prazer, pois "o baião-de-dois transcende a satisfação gastronômica. Saborear uma delícia destas é uma maneira de encurtar distâncias. Um jeito, enfim, de matar saudades da terra natal". (Revista Globo Rural)
Variações:
O baião-de-dois aceita combinações de diferentes ingredientes, dependendo da região, da oferta de alimentos e das preferências do cozinheiro. Há quem introduza o piqui, quem troque o queijo de coalho por queijo de Minas e a cebola por pimentão, quem sirva a carne de sol como acompanhamento, junto com paçoca e pirão. E o toucinho também tem sido usado para dar mais sabor ao feijão, ou carne seca dessalgada e picada em pedaços pequenos.
Fontes: Consea, Iphan, Revista Globo Rural, Folha de São Paulo (10.03.2005)
Fonte complementar: "O Não me Deixes - suas histórias e sua cozinha", de Rachel de Queiroz. As comidas da alma de Rachel de Queiroz.
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Posted at 14:33 in Gastronomia | Permalink | Comments (6) | TrackBack (0)
Acordei às nove, fazia um sol raro, embora frio. Há meses que aqui só chove e faz frio. Não fui à praia como muita gente fez. Mas eu me acabei numa panela de caranguejo ao molho de coco natural. Não, não era ensopado. Esqueci de fazer a foto, mas era igual ao da foto (que não é minha, claro). Comi até me fartar, sozinha, com um martelinho para quebrar as cascas. Quem recusou, não sabe o perdeu. Era manjar dos deuses.
Huuuum, tava tão delicioso....
Posted at 23:11 in Gastronomia | Permalink | Comments (3) | TrackBack (0)