Imagem: Le Monde.
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Posted at 16:41 in Comportamento, Feminino, Globalização, História, Paris, Personalidades | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Quem lembra de Indiana Jones?
Como sou fascinada por achados arqueológicos [não por causa de Indiana Jones, mas...], não posso deixar de compartilhar esta notícia:
"Arqueólogos alemães dizem ter encontrado na Etiópia o que seriam as ruínas do palácio da lendária rainha de Sabá, onde a chamada Arca da Aliança pode ter ficado durante algum tempo. De acordo com fontes religiosas, é nesse baú que as tábuas originais com os Dez Mandamentos recebidos por Moisés, segundo a Bíblia, teriam sido guardadas." Leia mais.
Foto: BBC Brasil.com
Posted at 15:57 in C&T, Cultura, História, Lugares | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Eu me amarro em histórias de achados arqueológicos, porque descortinam mistérios guardados, mundos perdidos, me lembram velhos contos de aventuras, que narram sempre a busca de algum tesouro.
Numa antiga fazenda no oeste da França (em Laniscat), região da Bretanha, um explorador encontrou uma moeda antiga de ouro. Continuou vasculhando, encontrou mais 545 moedas de ouro e prata que haviam sido enterradas ali pelos gauleses (povo celta) há mais de dois mil anos.
Sim, era um tesouro (no meu interior, aqui no Brasil, antigamente, chamava-se botija) escondido das legiões de Júlio César, que estavam ocupando a região. O tesouro gaulês, de excepcional interesse histórico, foi encontrado em meados de 2007 pela equipe do INRAP, em excelente estado de conservação, mas só recentemente é que sua descoberta foi divulgada. Mais detalhes em vídeo.
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Este caso me interessou particularmente, pois me levou a lembrar que, há alguns anos, conheci nos arredores de Compiègne, capital da Picardia, no norte da França, uma antiga e bela fazenda que continha vestígios da presença dos gauleses na região. Sou grata aos meus amigos Décio e Marília que me apresentaram aquele refúgio, ocasião em que fizemos um pic nic inesquecível, regado a queijos e vinhos, comme il faut.
O lugar é chamado de Sanctuaire Gallo-Romain de Champlieu, fica numa estrada antiga que liga Sanlis a Soissons, e é mesmo um verdadeiro santuário que se desenvolveu durante os séculos I e II. Além das ruínas remanescentes (um teatro, um templo restaurado e termas), à proximidade do sítio antigo, subsistem os vestígios de um priorado (creio que significa uma espécie de paróquia) romano, a igreja dedicada à Notre-Dame.
Felizmente, registramos aquele momento. Revendo as fotos recordo, com saudade, que fazia um belíssimo verão que colore e valoriza ainda mais as nossas lembranças.
Posted at 02:11 in Amigos, Arte, Cultura, Fotografia, História, Lugares, Natureza, Saudade | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Índios potiguaras da aldeia Cumaru de Baía da Traição (PB)
Indios potiguaras da aldeia de Barra de Camaratuba (Baía da Traição-PB).
Os potiguaras são um grupo indígena que habita o litoral norte da Paraíba, junto aos limites dos municípios de Rio Tinto, Baía da Traição e Marcação (na Terra Indígena Potiguara, Terra Indígena Jacaré de São Domingos e Terra Indígena Potiguara de Monte-Mor) e no Ceará, nos municípios de Crateús (na Terra Indígena Monte Nebo); Monsenhor Tabosa e Tamboril (Terra Indígena Mundo Novo / Viração ou Serra das Matas). Falam o potiguara, um idioma da família tupi-guarani.
A grande reserva paraibana dos índios potiguaras está no município de Baía da Traição. Conta com uma população de mais de dez mil índios, distribuídos em vinte e quatro aldeias, espalhadas em uma área de mais de trezentos km quadrados de reserva ecológica, dos quais quatorze são de praias virgens. A área da reserva, oferece um cenário belíssimo, onde a mata atlântica, rios, lagoas e estuários, misturam-se à cultura tradicional dos índios potiguaras, formando um contexto único, uma verdadeira relíquia antropológica, onde a natureza, a cultura indígena e seus conflitos com o colonizador, ainda estão fortemente vivas e preservadas.
Em tupi-guarani, potiguar equivale a “comedor de camarão”, por este motivo, vários descendentes da tribo dos potiguaras adotaram, ao serem submetidos ao batismo cristão, o sobrenome Camarão, sendo o mais famoso deles o combatente Felipe Camarão.
Compilado e adaptado da Wikipedia, daqui e daqui.
O índio e o meio ambiente
Robert Whelan, sociólogo inglês, em seu livro, Bárbaros na Floresta: o Mito do Nobre Ecosselvagem, desmistifica a idéia vigente entre os ambientalistas de que os índios são os mais autênticos defensores da natureza. Os maias, por ex., destruíram 75% da península de Yucatan, no México. Nos EUA, milhares de búfalos do Wyoming foram mortos por tribos nativas.
Para o estudioso inglês, índio ecologicamente correto é uma idéia sem fundamento.
Whelan disse à Veja (24.05.2000) que “os índios tinham - e têm – tanta consciência ecológica quanto o operador de uma motosserra na Amazônia” [...] “As pessoas têm uma visão idealizada de como os índios vivem”. Ou seja, ontem, como hoje, sua [dos índios] maior preocupação é com a própria sobrevivência.
Posted at 17:27 in Cultura, Cultura popular, História, Meio ambiente, Natureza | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Com o assassinato de Benazir Bhutto - ícone da oposição paquistanesa -, o ano fecha mal para o mundo global, para a paz mundial e para as conquistas políticas das mulheres mulçumanas. E o Paquistão mergulha na incerteza política.
Posted at 22:46 in Feminino, Globalização, História, Personalidades | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Recife, Olinda - todo o Brasil -, festejaram o centenário do frevo.
À distância, cá na solidão, fiquei assistindo à explosão do frevo nas ruas de Recife e Olinda, remoendo as lembranças, chorando as pitangas, relembrando os meus carnavais de outrora. Distantes, tão distantes. Quase um sonho, uma miragem, uma fotografia desbotada.
Hoje, na quarta-feira de cinzas, as ruas estão tristes, desoladas, silenciosas, com a alma cheia de remorsos pelos excessos cometidos, pelos pecados, pelos recalques extravasados.
Lembrei dos tempos quando brincava com a minha turma os quatro dias de folia; dos nossos sentimentos de culpa pelas extravagâncias, da nossa fossa de final de festa, quando terminava a terça-feira e, por fim, implantava-se o silêncio de remorsos que seriam expiados nas cinzas da quarta-feira. No fundo, nós sabíamos que a alegria era finita, que a vida era tão breve.
Putz, eu quero ir minha gente, eu não sou daqui!
" É de fazer chorar
quando o dia amanhece
e obriga o frevo a acabar
Ó quarta-feira ingrata
chega tão depressa
só pra contrariar
Quem é de fato um bom pernambucano
espera um ano
(...) na brincadeira
esquece tudo quando cai no frevo
e no melhor da festa
chega a quarta-feira"
Posted at 15:39 in Comportamento, Cotidiano, Cultura popular, Fuleiragem, História, Saudade | Permalink | Comments (4) | TrackBack (0)
Mona Lisa posou para Leonardo da Vinci logo depois de ter o segundo filho. A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas canadenses usando tecnologia de infra-vermelho e análise tridimensional da obra.
O exame comprovou que o vestido utilizado pela modelo está coberto por um fino e transparente véu de renda, que era moda no início do século XVI para mulheres que estavam grávidas ou que tinham acabado de dar à luz. A pintura foi feita para comemorar o nascimento do seu segundo filho.
Exame tridimensional de La Gioconda - fotografias e imagens do projeto (em francês).
Vídeos do projeto - com Adobe Flash.
Explore os detalhes (em francês)
Mais detalhes no Globo.com.
Posted at 12:07 in Arte, CT&I, Cultura, Feminino, Fotografia, História, Moda, Personalidades, Tecnologia | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Sempre suspeitei que minha obsessão por sapatos tinha uma séria razão de ser. Agora percebo que isto é pertinente - porque não é só meu coração, nem o merchandising que busca comprar a alma feminina que me dizem - mas, numa reportagem, Cathy Newman reforçou a minha convicção: "com eles podemos aprender algo a respeito da nossa cultura e história, além de detalhes sobre nós mesmos."
Vejam mais:
"É como usar o coração nos pés. 'O calçado é o indicador de como as pessoas estão se sentindo', diz a historiadora June Swann. A julgar pelo que ela diz, é possível traçar um gráfico dos altos e baixos da economia com base na altura dos saltos, detectar rumores distantes de uma guerra na configuração de um dedão, medir a mudança na sociedade pela espessura de uma sola. Os calçados falam de status, gênero, religião, política (o escritor Maxim Gorki afirmou que um par de botas fortes 'será mais útil ao triunfo do socialismo do que […] olhos roxos'). E, além de tudo, podem ser lindos de morrer."
Está na National Geographic deste mês. Grande parte do texto está disponível. Mas para ler tudinho, tem de ir comprar a revista nas bancas. Hehe
Foto: Sapato de bebê, Couro, Holanda, século 16, de Michel Feinberg, da National Geographic .
Posted at 15:49 in Comportamento, Cultura, Feminino, História, Moda, Tecnologia | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Vejam só. A roubalheira do dinheiro público no Brasil é tradição. Nem todos que já ouviram falar do último baile da monarquia na Ilha Fiscal tem idéia do rombo que causou aos cofres públicos e nem do impacto social e político que representou para o país. Nem todos os brasileiros sabem que um baile patrocinado com dinheiro da seca derrubou um monarca.
O baile foi promovido por Pedro II em 9 de novembro de 1889. Foi uma festança que durou seis dias, para mais de 2000 pessoas.
Sei que se fosse hoje, não desejaríamos participar daquela orgia. Ou melhor, hoje desejaríamos que ela nunca tivesse acontecido. Mas, de qualquer forma, é bom saber.
Os absurdos da festança:
Os estoques das lojas de roupas finas no Rio logo se esgotaram. Setenta e duas horas antes não havia mais vagas no salões de cabeleireiros. Muita mulher ficou três dias sem tomar banho e dormindo sentada para não desmanchar o penteado. 48 cozinheiros trabalharam durante 3 dias inteiros para servir os convivas, servidos por 150 copeiros. O cardápio incluía peças inteiras de caça e pesca, além de uma infinidade de aves exóticas, inhambus, faisões, macucos. Foram consumidos 188 caixas de vinho, 80 caixas de champagne e dez mil litros de cerveja, além de licores e destilados. Depois da esbórnia, pela manhã, o pessoal da limpeza encontrou 37 lenços, 24 cartolas e chapéus, 8 raminhos de corpete, 3 coletes de senhoras e 17 ligas. E todas as fotos feitas na festa desapareceram.
De onde saiu o dinheiro: 100 mil contos de réis foram retirados do ministério de Viação e Obras Públicas que seriam destinados a socorrer flagelados da seca no Ceará.
A festança derrubou D. Pedro II, que deixou o país em 17 de novembro, e morreu dois anos depois em Paris.
Transcrito de Antonio Andrade e Érica Montenegro.
Mais detalhes da festa, inclusive a listinha de 'supermercado', no Feito em Casa.
Posted at 00:37 in Comportamento, Cultura, Fuleiragem, História, Lugares, Personalidades | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Os admiradores da cidade-luz, ou mesmo aqueles que ainda não tiveram a sorte de conhecê-la, poderão, como eu, achar bem interessante saber como e por que jogaram tijolos na pirâmide do Louvre, que alcança sua maioridade.
Via: Uol Mídia Global -Le Monde.
Imagem: Francis Toussaint
Posted at 13:36 in Cultura, História, Lugares, Paris, Tecnologia | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)